A batalha continua, por Flávio Dino

“Infelizmente, em grande parte do país o cenário é de preocupação e crescimento exponenciais dos índices de contaminação em regiões consideradas recentemente imunes”

Prestes a completar quatro meses de forte enfrentamento à pandemia do coronavírus no Maranhão, vemos à frente um longo caminho a ser trilhado. É bem verdade que de mais longe viemos com momentos muito difíceis, mas incansavelmente perseguimos o objetivo de preservar vidas, todos os dias. Hoje, após mais de 100 dias de combate, vemos um horizonte de estabilidade que nos traz esperança, mas que, ao mesmo tempo, nos alerta o quão é importante não baixar a guarda e avançar com coragem e equilíbrio.

Infelizmente, em grande parte do país o cenário é de preocupação e crescimento exponenciais dos índices de contaminação em regiões consideradas recentemente imunes. Esta não é a realidade do coronavírus e isto tem ficado cada dia mais evidente. Enquanto não tivermos a vacina, é fundamental que as estratégias de enfrentamento sejam fortalecidas. Aqui no Maranhão, os rumos da batalha são definidos por dois pontos centrais: as medidas assistenciais e as regras sanitárias.

Temos mantido muita eficiência quanto à assistência hospitalar no Maranhão. Em face da ampliação que realizamos na rede de saúde, hoje dispomos de oferta segura de leitos em todas as regiões maranhenses, tanto clínicos quanto de UTIs. Desde o início da pandemia incrementamos em quase 600% a quantidade de leitos exclusivos para o tratamento da Covid-19 no Maranhão, chegando a mais de 1600 leitos ativos atualmente. Ampliamos unidades existentes e aceleramos obras em andamento, de modo que chegamos a 13 novos espaços para atendimento especializado a casos de corornavírus, além de 11 laboratórios, com uma malha interligada por UTI aérea e ambulância com UTI, para translado de casos mais graves. Como legado, pela primeira vez na história, o Maranhão passa a ter hospitais de média e alta complexidade em todas as Regionais de Saúde.

Em outra vertente, tão importante quanto, é o cumprimento das regras sanitárias. Cabe ao poder público a edição das medidas legais, mas o dever de cumpri-las é de todos nós. É equivocada a sensação de já vencemos o cornavírus e podemos retomar a normalidade de tudo. Pelo contrário, especialmente do ponto de vista nacional, que traz impactos ao Estamos, estamos muito longe de vencer o coronavírus. Sublinho, portanto, que é imprescindível que todos obedeçamos as regras sanitárias vigentes.

Trilhando o caminho da efetiva conjugação de medidas assistenciais e observância das regras sanitárias, avançamos em conquistas importantes. A exemplo de sermos o estado com o menor índice de contágio do país pela segunda semana consecutiva, conforme revela estudo conjunto da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), amplamente divulgado nos últimos dias. Também registramos o acerto da retomada gradativa das atividades comerciais e de serviços no Maranhão. Segundo dados do Ministério da Economia, o Maranhão foi o Estado que apresentou a menor redução de empregos formais em todo o Nordeste. Prova de que o equilíbrio coerente entre medidas sanitárias e preservação econômica é possível.

Estamos em meio a um desafio gigantesco que mobiliza a todos nós. Reforço o agradecimento aos profissionais de saúde que nos ajudaram a chegar a esse momento de estabilidade e seguem na batalha para avançarmos no combate ao coronavírus. Com seriedade e compromisso seguiremos trabalhando até que a vitória chegue. Conto com o apoio de toda a sociedade maranhense para que com consciência, união, fé e esperança possamos perseverar, porque a batalha continua. Mas vamos vencer!

Autor

Um comentario para "A batalha continua, por Flávio Dino"

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *