Brasil chega a julho com 1,4 milhão de casos de covid-19
Brasil registra 1.280 óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas. O número de casos acumulados do novo coronavírus chega a 1.402.041.
Publicado 30/06/2020 22:29 | Editado 30/06/2020 23:25
A atualização do Ministério da Saúde desta terça-feira (30) mostra que o Brasil registrou 1.280 óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 59.594. Já o consórcio de veículos de imprensa levantou 1.271 mortes totalizando 59.656.
A marca de hoje representa um aumento de 2,1% em relação ao balanço de ontem (29). Ainda há 3.950 mortes em investigação. A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 4,3%. A mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) atingiu 28,4.
O levantamento do Ministério da Saúde mostra também 33.486 novos casos confirmados da doença, atingindo 1.402.041 casos acumulados de covid-19 em todo o país, um aumento de 2,4%, se comparado com os dados de ontem. O consórcio da imprensa, somou 1.408.485 casos confirmados de covid-19, a partir dos 37.997 novos infectados. Com isso, a incidência dos casos de covid-19 por 100 mil habitantes subiu para 667,2.
O balanço aponta ainda que 552.407 pacientes estão em observação, enquanto o total de recuperados desde o início da pandemia é de 790.040.
Geralmente, o número de novos registros de óbitos e casos confirmados de covid-19 é menor aos sábados, domingos e segundas-feiras devido à dificuldade de as secretarias estaduais alimentarem o banco de dados com as notificações. Já às terças-feiras, os números são maiores em razão do acúmulo de notificações dos dias anteriores.
Covid-19 nos estados
O Centro-Oeste fecha junho como a região em que a epidemia de covid-19 mais se agravou no país. Desde 8 de junho — quando o consórcio de imprensa de que o UOL faz parte começou a levantar os dados —, até hoje, o número de óbitos mais do que triplicou na região e saltou de 547 para 1783 até esta terça-feira (30).
O crescimento na região Centro-Oeste é impulsionado em grande parte pelas curvas observadas no Mato Grosso. Com um total de 629 vítimas, o estado aumentou em quase 400% o número de mortes nesse período. Os óbitos em Mato Grosso do Sul, que hoje somaram 76, cresceram 245,45% e em Goiás, que chegou nesta terça a 491 casos fatais, 183,82%.
No Sul, que depois do Centro-Oeste é onde os números da covid-19 mais avançam, as vítimas aumentaram 123,77% nesse período.
Já no Sudeste, região até o momento que registrou o maior número de óbitos, a curva de mortes dá sinais de desaceleração em São Paulo. De acordo com o secretário-executivo do Centro de Contingência ao Coronavírus, João Gabbardo, os dados de junho devem ficar abaixo da previsão feita para o fim do mês.
A secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, destacou que São Paulo apresentou uma queda de 5% no número de mortes na comparação dos últimos sete dias com os sete dias anteriores. A queda também foi verificada nas internações, que diminuíram 2%.
Os estados com mais mortes em função da pandemia: São Paulo (14.763), Rio de Janeiro (10.080), Ceará (6.146), Pará (4.920) e Pernambuco (4.829). As unidades da Federação com menos óbitos: Mato Grosso do Sul (46), Tocantins (200), Roraima (283), Santa Catarina (341) e Acre (365).
Boletim epidemiológico 30-6, por Ministério da Saúde
Brasil no mundo
A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou que uma em cada quatro mortes pela covid-19 acontece no Brasil. Da mesma maneira, um em cada quatro casos também acontece no país.
De acordo com um monitoramento da universidade norte-americana Johns Hopkins, o mundo já tem mais de 10 milhões de infectados e 500 mil mortos. O Brasil responde por 11% das mortes totais no planeta.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas, afirmou nesta terça-feira, 30, que o Brasil precisa ampliar a testagem da covid-19 para realizar um combate mais eficiente ao vírus. O órgão também reforçou a necessidade de as autoridades passarem uma mensagem “consistente” à população em meio aos esforços para conter o avanço da doença.