Cai sigilo de decisão que autorizou ação da PF contra bolsonaristas
Foram alvos da operação parlamentares, empresários, publicitários e blogueiros, todos aliados do presidente Jair Bolsonaro e investigados no inquérito dos atos antidemocráticos.
Publicado 22/06/2020 19:48 | Editado 22/06/2020 19:55

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (22) retirar o sigilo da decisão que autorizou, na semana passada, uma operação da Polícia Federal no inquérito que investiga atos antidemocráticos.
Na decisão, Moraes justificou que retirou o sigilo diante de “inúmeras publicações jornalísticas de trechos incompletos do inquérito”.
Foram alvos da operação parlamentares, empresários, publicitários e blogueiros, todos aliados do presidente Jair Bolsonaro.
“Em virtude do acesso de investigados aos autos, com base na SV 19 e diante de inúmeras publicações jornalísticas de trechos incompletos do inquérito, inclusive da manifestação da PGR e da decisão judicial proferidas nos autos do Inquérito 4828, que tramita nesta Corte, torno pública a decisão proferida em 27 de maio de 2020”, escreveu o ministro na decisão.
Investigações da Procuradoria Geral da República (PGR) apontam que quatro deputados do PSL aliados de Bolsonaro fizeram repasses de verbas para divulgar atos antidemocráticos. O dinheiro era da cota parlamentar, verba pública que deveria ser usada para atividades ligadas ao mandato.
Os quatro deputados são Bia Kicis (PSL-DF), Guiga Peixoto (PSL-SP), Aline Sleutjes (PSL-PR)e General Girão (PSL-RN). O dinheiro da cota parlamentar desembolsado pelos deputados foi destinado à empresa Inclutech Tecnologia de Informação, que pertence ao publicitário Sérgio Lima. Ele é o responsável pela marca do partido que Bolsonaro pretende criar, o Aliança pelo Brasil.
Fonte: TV Globo, G1 e O Globo