Parlamentares destacam união das forças democráticas contra fascismo
Manifestos ganham repercussão na sociedade contra os arroubos autoritários de Bolsonaro que ameaça a democracia e às instituições
Publicado 01/06/2020 13:20 | Editado 01/06/2020 17:46

Dois manifestos da sociedade circularam neste final de semana com grande repercussão em defesa da democracia e contra o fascismo.
Num deles, o manifesto “BASTA” reuniu 600 advogados que reagiram com veemência aos ataques de Bolsonaro contra a democracia.
Com 230 assinaturas, mais um manifesto, intitulado “Somos Muitos”, reuniu figuras políticas como Flávio Dino, Manuela d’Ávila; ambos do PCdoB; Fernando Haddad (PT); Fernando Henrique Cardoso (PSDB); artistas; intelectuais e outras personalidades.
Em resposta a um de seus seguidores, o deputado Orlando Silva (PCdoB) definiu quem são os participantes do movimento.
“Irmão, quem devemos unir? Quem está no campo progressista hoje? Quem for pela democracia? Quem se opõe a Bolsonaro? Um abraço no amigo”, respondeu o deputado.
A deputada Jandira Feghali destacou que o movimento antifascista está sendo atacado.
“A nossa ‘criativa’ extrema-direita vai seguir na prática lambe-botas e adotar a criminosa cartilha do Trumpismo chamando o movimento antifascista de terrorista. Terrorista é quem ataca a democracia, os direitos individuais, as instituições”, criticou.
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann (PR), saudou as iniciativas: “Uma importante demonstração de que a democracia soma. As forças políticas precisam dar consequência a gestos como este. Unidade na luta contra o fascismo.”
Líder do PDT no Senado, Weverton Rocha (MA), diz que um recado claro foi dado nas ruas no final de semana.
“Os brasileiros não aceitam o avanço do facismo e ataques à democracia. O povo brasileiro quer um governo que trabalhe pelo Brasil mais do que trabalhe pela sua reeleição. Ou o presidente entende isso ou perderá de vez a legitimidade”, disse o senador.
Somos 70%
O economista Eduardo Moreira também criou o movimento “Somos 70%” para enfatizar que os apoiadores de Bolsonaro são minoria e que 70% da população brasileira rejeitam ou simplesmente não apoiam o presidente.
“Somos 70% contra o fascismo, contra o armamento da população, contra o genocídio e a favor da democracia. Somos os 70% que acham Bolsonaro Péssimo/Ruim/Regular; que apoiam medidas de isolamento e os mais de 70% sabem que a terra é redonda! #Somos70porcento”, escreveu no Twitter a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).
O deputado José Guimarães (PT-CE), líder da Minoria na Câmara, aderiu ao movimento e afirmou em sua conta no Twitter que o País começa a se mobilizar pelo impeachment de Bolsonaro. “Estamos ao lado daqueles que querem um Brasil de todos! #Somos70porcento, #TodosPeloImpeachment, conclamou.
“Já somos 70% que rejeitam aproximação ao Centrão; que acham Bolsonaro péssimo/ruim/regular; que apoiam medidas de isolamento e sabem que a terra é redonda. #Somos70porcento”, disse o senador Fabiano Contarato (Rede-ES).