Márcio Jerry lamenta avanço da covid e faz alerta sobre crise política

Além da falta de agenda direcionada à saúde pública, Jerry registrou seu repúdio ao tom das últimas manifestações do presidente contra o STF

(Foto: George Marques)

O Brasil é o segundo país com o maior número de infectados pela covid-19, somando 411 mil casos da doença até o momento. Com o país imerso em um caldeirão de escândalos políticos, o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) lamentou, nesta quinta-feira (28), o descaso do governo federal com a crise sanitária e voltou a criticar a escalada autoritária de Jair Bolsonaro (sem partido).

“A pandemia avança em meio ao agravamento também do quadro político. Bolsonaro dá de ombros para a saúde e a vida dos brasileiros afetados pelo coronavírus; não tem atitude alguma para proteger a economia; e estimula todos os dias o desrespeito à Constituição e às Leis”, declarou o parlamentar, atual vice-líder do PCdoB na Câmara dos Deputados.

Além da falta de agenda direcionada à saúde pública, Jerry registrou seu repúdio ao tom das últimas manifestações do presidente. Para o parlamentar, as declarações do mandatário diante dos desdobramentos do inquérito que investiga o funcionamento do “gabinete do ódio” demonstram a clara tentativa do presidente de usar a estrutura da união para uso pessoal

“Insuflado pelos filhos suspeitos de graves ilegalidades, Bolsonaro insulta os demais poderes com frequência e age para tentar transformar parte do aparato policial do estado brasileiro em polícia política para perseguir adversários”, alertou o deputado maranhense.

STF

Na última quarta-feira (27), a Polícia Federal cumpriu 29 mandados de busca e apreensão relacionados ao inquérito que apura a veiculação de notícias falsas contra o Supremo Tribunal Federal (STF), chegando a aliados diretos de Bolsonaro. O inquérito é conduzido em sigilo pelo próprio STF e está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Em reação direta às operações, na manhã desta quinta, o presidente ameaçou o STF e seus ministros, afirmando que não haverá outro dia “como ontem”.

“As coisas têm limite. Ontem foi o último dia e peço a Deus que ilumine as poucas pessoas que ousam se julgar mais poderosas que outros e que se coloquem no seu devido lugar, que respeitamos. Acabou, porra”, disse na porta do Palácio da Alvorada, diante de apoiadores.

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