Ministro da Defesa repudia agressão a jornalistas
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva emitiu nota em que defende os valores democráticos, a independência entre poderes e considera inaceitável a agressão a jornalistas ocorrida neste domingo, em frente ao Palácio do Planalto.
Publicado 04/05/2020 14:50 | Editado 04/05/2020 16:36
O fotógrafo do Estadão Dida Sampaio foi agredido neste domingo, 3, por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro quando acompanhava uma manifestação pró-governo realizada, em Brasília. Sampaio registrava imagens do presidente em frente à rampa do Palácio do Planalto, numa área restrita à imprensa, quando foi agredido.
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), disse na manhã desta segunda-feira que um “infiltrado” ou “algum maluco” participou das agressões contra um fotógrafo do jornal O Estado de S. Paulo, durante manifestação com a presença do próprio chefe do Executivo nacional nesse domingo, em Brasília. O movimento, que aconteceu em Brasília e também reverberou em outros pontos do país, era a favor de Bolsonaro, contra o isolamento social horizontal em meio à pandemia e criticava o Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).
Leia a íntegra da nota:
NOTA OFICIAL
As Forças Armadas cumprem a sua missão Constitucional.
Marinha, Exército e Força Aérea são organismos de Estado, que consideram a independência e a harmonia entre os Poderes imprescindíveis para a governabilidade do País.
A liberdade de expressão é requisito fundamental de um País democrático. No entanto, qualquer agressão a profissionais de imprensa é inaceitável.
O Brasil precisa avançar. Enfrentamos uma Pandemia de consequências sanitárias e sociais ainda imprevisíveis, que requer esforço e entendimento de todos.
As Forças Armadas estarão sempre ao lado da lei, da ordem, da democracia e da liberdade. Este é o nosso compromisso.
Fernando Azevedo e Silva