Coronavírus, a direita e a esquerda

A pandemia do Covid-19 contaminou também a seara política. O presidente Trump, presidente de um país capitalista e líder maior do partido Republicano, de direita, retira ajuda da OMS (Organização Mundial da Saúde) acusando, sem oferecer provas, que a entidade “favorece” a China.

No Brasil o Ministro Ernesto Araújo, Ministro das Relações Exteriores de Bolsonaro, fala em comunavirus, querendo fazer crer que o vírus fora gerado por países comunistas, no caso a China.  Tese também defendida e disseminada amplamente também pelos partidários de Trump, nos EUA, e de outros expoentes da extrema-direita em outros países.

Não só nos EUA ou Brasil, mas em todo o mundo o que se percebe é que governos ideologicamente mais comprometidos com o capital, e que implementam a política neoliberal, de estado mínimo, querem se isentar de responsabilidades com a saúde pública e dar prioridade à economia. Aliás essa sempre foi a lógica e a prática dos defensores do capital. 

E a realidade, o que tem mostrado? Os dados divulgados pela OMS tem mostrado que nos países mais comprometidos com os interesses populares, chamados de esquerda, se adotou medidas mais rígidas de isolamento social, priorizando a vida, o número de infectados e mortes é reduzido. Já nos países defensores do capital, chamados de direita, e que desde o início subestimam a pandemia e priorizam a economia, o número de infectados e de mortes é muito expressivo.

Comparando a população de países e o número de infectados e mortos a diferença é significativa, entre os que defendem a vida e aqueles que teimam em priorizar a economia. Começando por países governados por partidos comunistas (de esquerda), que adotaram rígido isolamento social, quarentena e testes em massa, em números aproximados em 27/5/2020), temos:

• Vietnam, população 95 milhões – Infectados 268 – mortos 0 (zero)

• Cuba, população 11,5 milhões – infectados 9.860 – mortos 50

• China, população 1 bilhão e 400 milhões – Infectados 88 mil – mortos 4,6 mil 

Países governados por partidos conservadores (de direita) que relutaram em adotar o isolamento social e priorizaram a economia:

• EUA, população 333 milhões – infectados 960 mil – mortos 55 mil

• Inglaterra, população 66 milhões – infectados 157 mil – mortos 21 mil

• Itália, população 60 milhões – infectados 200 mil – mortos 26 mil

• Brasil, população 207 milhões – infectados 62 mil – mortos 4.200 (sem atingir o pico)

Há um outro detalhe interessante na comparação entre os países dirigidos por partidos comunistas, que além de dar atenção prioritária a saúde do seu povo, ainda se solidariza com outros, como a China que envia médicos, equipamentos e remédios para cerca de 90 países, e Cuba, mesmo sob violento embargo americano, já enviou mais de 1.000 médicos para outros países. Enquanto os EUA, além de não ajudar nenhum, aumenta o embargo, sequestra medicamentos e equipamentos destinados à Venezuela e inclusive ao Brasil.

A pandemia do Covid-19 que castiga muito os países capitalistas e conservadores de direita, mostra por outro lado que governantes de países socialistas, de esquerda, tem muito mais compromisso e amor pelo seu povo.