Manuela d´Ávila defende urgência para a taxação de grandes fortunas

“Quem mais tem dinheiro é quem menos paga impostos no Brasil. Há muito falamos sobre necessidade urgente de reforma tributária porque no Brasil os impostos contribuem para o aumento da desigualdade e porque o Estado precisa de dinheiro para investir em educação, saúde e segurança, para garantir o desenvolvimento econômico. Isso está mais claro do que nunca”, comentou Manuela em vídeo que compartilhou em suas redes sociais, nesta segunda-feira (13).

No vídeo, ela lembra que no Brasil aluguéis, rendimentos e dividendos não são taxados. E que pesquisas mostram que quanto mais ricas as pessoas, mais recebem dinheiro de atividades que não estão vinculadas a seu trabalho.

Segundo Manuela, tributar, por exemplo, letras de crédito, poderia ter efeito positivo duplo: além de aumentar a arrecadação do Estado, faria com que as pessoas investissem em atividades que geram emprego.

A ex-parlamentar informa, também, que a taxação das grandes fortunas, conforme estudo do Ipea, poderia gerar um aumento de arrecadação da ordem de R$ 14 bilhões por ano. 74% deste valor seria cobrado de apenas de 1 mil pessoas.

Várias propostas foram encaminhadas ao longo dos anos para mudar a tributação no Brasil. No ano passado, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), então líder da Minoria na Câmara dos Deputados, articulou uma proposta que espera tramitar. A proposta de reforma tributária “justa, solidária e sustentável” foi eleita prioridade da bancada do PCdoB para 2020 – antes da chegada do novo coronavírus.

O impacto distinto da pandemia entre ricos e pobres e a centralidade de investimentos estatais tem demonstrado, na prática, a urgência de distribuir renda no Brasil.

Assista na íntegra o vídeo:

Do Portal PCdoB