Maia: “Não dá para organizar um país cortando, cortando, cortando”

Ao comentar PIB fraco, Rodrigo Maia disse que investimentos públicos são importantes para ajudar crescimento econômico.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia - Lula Marques/AGPT

Defensor ferrenho da reforma da Previdência aprovada no primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro e do teto de gastos aprovado no governo de Michel Temer – mecanismo que limita drasticamente os gastos públicos ao atrelá-los à inflação do ano anterior por 20 anos – o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), agora defende o investimento público.

Ao comentar o crescimento de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em um país) em 2019, divulgado nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Maia disse que não é possível organizar um país “apenas fazendo as reformas, cortando, cortando, cortando”.

“A expectativa [de crescimento de 1,1%], infelizmente confirmada, não era tão positiva. Os números mostram uma queda do volume de investimento público e uma queda dos serviços na área pública, o que prova que na aplicação do orçamento, os investimentos públicos são muito importantes também para ajudar o crescimento econômico”, disse.

Maia disse que as reformas são “fundamentais” mas que “o setor privado sozinho não vai resolver os problemas”. “A grande mensagem do PIB que saiu hoje é que a participação do Estado será sempre importante para fazer o país crescer e se desenvolver”, afirmou.

Com informações da Agência Brasil

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