Centrais aprovam agenda de lutas e condenam autoritarismo de Bolsonaro
Além de mais um 1º de Maio Unificado, entidades vão promover três atos conjuntos em março
Publicado 27/02/2020 15:30 | Editado 27/02/2020 16:16
Uma reunião extraordinária das centrais sindicais, nesta quinta-feira (27), aprovou o calendário de lutas para a classe trabalhadora brasileira. Realizada na sede do Dieese, em São Paulo, a reunião contou com representações de CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CGTB, CSB, Conlutas e Intersindical. Além de mais um 1º de Maio Unificado – que juntará todas as centrais na comemoração do Dia Internacional dos Trabalhadores –, as entidades vão promover três atos conjuntos em março.
Antes dos atos, as centrais vão participar de uma importante reunião, na manhã da próxima terça-feira (3), com partidos e outras organizações da sociedade civil, em defesa do Estado Democrático de Direito e das instituições republicanas. O encontro será no Congresso Nacional. As lideranças devem ser recebidas pelo presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia.
Na sequência, as centrais sindicais e suas bases se mobilizarão para três protestos: o 8 de Março – Dia Internacional da Mulher; os Atos em Memória da Luta da Vereadora Marielle Franco, no dia 14; e o Ato em Defesa da Educação, dos Serviços Públicos, Empregos, Direitos e Democracia, em 18 de março.
As bandeiras de luta para o próximo período também foram debatidas pelo sindicalista nesta quinta. De acordo com informe divulgado após a reunião, as centrais “reafirmam a posição intransigente de defesa das liberdades democráticas e conclamam a unidade de todas as forças sociais na defesa das instituições e do Estado Democrático de Direito”.
A reunião condenou a escalada autoritária do presidente Jair Bolsonaro, que ajudou, pessoalmente, a divulgar as manifestações golpistas de 15 de março contra o Congresso, o Supremo Tribunal Federal (STF) e a democracia. As centrais também denunciaram as reformas em tramitação no Congresso, “que buscam a redução dos direitos da classe trabalhadora e o desmonte do Estado brasileiro”.
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