Ministros do STF dizem que motim de PMs é “um perigo” e “inadmissível”

Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski clasificaram a paralisação como ilegal, pois a Constituição veda greve na PM.

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) criticaram, nesta quinta-feira (20), a paralisação de policiais militares em Sobral (CE). O ministro Alexandre de Moraes considerou como “ilegal” e “inadmissível”. Já o ministro Ricardo Lewandowski disse que o ocorrido trata-se de “um perigo para as instituições”. As informações são do portal de notícias G1.

Moraes defendeu a punição para os policiais que aderiram ao movimento no Ceará e disse que os policiais não deveriam ter atirado com arma de fogo no senador Cid Gomes (PDT-CE), uma vez que, a situação poderia ter terminado em um “morticínio gigantesco”.

“O que vem acontecendo no Ceará é inadmissível. Crime de dano ao patrimônio público, destruindo viaturas, tiros”, declarou o ministro que considerou o movimento como “ilegal”, e que precisa ter “consequências tanto na Justiça comum quanto na criminal”. As declarações foram feitas antes dos ministros entrarem para a sessão do plenário do Supremo.

O senador foi atingido na quarta-feira (19) por dois tiros na região do tórax ao avançar com uma retroescavadeira sobre um grupo de policiais militares que faziam um piquete durante greve por melhores salários. O incidente ocorreu na cidade de Sobral (CE), interior do estado, e base eleitoral do senador.

Até o momento, quatro policiais militares que participaram do movimento estão presos e irão responder por atos criminosos. Um PM foi preso após atear fogo em um veículo particular. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE) cerca de 300 inquéritos Policial Militar (IPM) já foram instaurados na Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD).

A Secretaria também informou que todos os investigados serão excluídos da folha de pagamento deste mês pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e sofrerão as punições previstas em lei.

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