Em festa do PT, Manuela D’Ávila defende unidade da esquerda
Representando o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), ela disse, na festa de 40 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), que eventuais “rusgas” entre as organizações não interferem no “esforço para libertar o Brasil”, informa o site Brasil247.
Publicado 08/02/2020 20:21 | Editado 09/02/2020 00:07
Marcelo Freixo, Carlos Lupi, Gleisi Hoffmann, Manuela d’Ávila e Carlos Siqueira
“Nossa unidade, nossa relação se dá nas batalhas eleitora, como nós que estivemos juntos ano passado, mas se dá um território muito mais importante, um território sagrado, que é a luta social. Nós lutamos socialmente juntos o durante esses 40 anos do PT. Nós, PCdoB quase centenário, reconhecemos o papel do PT nos novos paradigmas da sociedade brasileira. Festejarmos o aniversário do PT é festejarmos uma parte importante da luta social do país. Sintam-se parabenizados por cada militante do PCdoB. Às vezes temos nossas rusgas, mas são menores que o esforço para libertar o Brasil”, disse ela, em debate com os demais presidentes de partidos de esquerda.
O PT faz aniversário em 10 de fevereiro. Segundo Manuela D’Ávila, diante da maior crise da história do capitalismo a união das forças progressistas é fundamental.
“Penso temos muitas razões para estarmos unidos. Vivemos a pior crise da história do capitalismo global. Talvez vivemos um momento em que o neoliberalismo se apresenta da forma mais cruel. Precisamos nos unir diante do verdadeiro colapso ambiental que se desenha no mundo. Haja vista o que acontece na Amazônia. Nos unir porque a miséria é cada vez maior. Voltamos a ver imagens que não víamos. Lembro de quando deixei de ver criança em situação de rua. Precisamos nos unir porque vivemos em um mundo porque trabalho e educação não garantem mais futuro”.
Além de Manuela D’Ávila, participaram do evento os presidentes do PDT, Carlos Lupi; do PSB, Carlos Siqueira; e o deputado Marcelo Freixo, pelo PSOL.
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, destacou a necessidade da união das legendas e lembrou da luta contra o desmonte dos direitos sociais e em defesa da soberania. Marcelo Freixo disse “que é muito importante em uma aniversário de 40 anos poder fazer essa celebração, comemoração, ter entre nós o presidente Lula em liberdade, presente aqui”. “Não é uma vitória só do PT, mas de quem defende a democracia”, enfatizou.
Carlos Lupi afirmou que mais importante do que um candidato a presidente e debater o Brasil. Para ele, o debate precisa identificar para onde o país está indo. “Pensar nos ricos que o povo brasileiro ta correndo. E pensar: que projeto de país nós queremos? Nós temos de construir um Brasil para os brasileiros, independente, com capacidade de tirar o povo da miséria. Precisamos resistir agora e se unir em nome da Pátria brasileira”, destacou.
Carlos Siqueira enfatizou a necessidade de união da esquerda para enfrentar Bolsonaro. “(Ele) diz que tem a missão de liberta o país da esquerda. Se ele pretende nos eliminar, ele está profundamente enganado. Nós dos do PT, PSB, PCdoB, PDT e PSOL somos fruto da luta social. Precisamos aproveitar essa celebração do PT para lembrar que nossa história vem de longe, de muito anos em que os trabalhadores resolveram tomar consciência do seu papel na humanidade e fazer os seus partidos”, avaliou.