Investimento estrangeiro na Bolsa é o menor desde 2014

Em 2019, os estrangeiros retiraram cerca de R$ 40 bilhões da B3, contrariando previsões de que haveria uma enxurrada de dinheiro após a aprovação da reforma da Previdência

Bolsa brasileira fechou em alta após dias de pânico -Foto: Leo Caobelli/Flickr/Creative Commons

O investidor brasileiro foi maioria na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) pela primeira vez desde 2014. Em 2019, a participação do capital nacional ficou em 52%, enquanto a do estrangeiro ficou em 48%. Em 2020, a expectativa é que esse movimento se mantenha.

Em 2019, os estrangeiros retiraram cerca de R$ 40 bilhões da B3, contrariando previsões de que haveria uma enxurrada de dinheiro após a aprovação da reforma da Previdência. Neste ano, o movimento de aversão aos ativos brasileiros continuou com saída de R$ 16 bilhões até o dia 29.

No último ano, o cenário internacional esteve adverso, com guerra comercial entre Estados Unidos e China e crise nos países latino-americanos. Além disso, a taxa básica de juros, a Selic, caiu ao menor patamar da história.

O economista da Tendências Consultoria Integrada, Silvio Campos Neto, destacou ainda que há um “ceticismo” por parte do investidor estrangeiro em relação ao Brasil.  

“Ainda há um ceticismo por parte do investidor estrangeiro em relação às questões econômicas do Brasil. Eles não foram contagiados pelas mudanças”, afirmou.

Fonte: Estadão Conteúdo