PT pode apoiar Flávio Dino à Presidência em 2022, diz Gleisi Hoffmann
Segundo a presidenta nacional do PT, os petistas também veem o governador do Maranhão como uma alternativa a Haddad para a sucessão de Jair Bolsonaro
Publicado 27/01/2020 11:00 | Editado 27/01/2020 12:23
Reeleita presidenta nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) afirma, em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta segunda-feira (27), que o partido trabalha com uma nova candidatura presidencial do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. Segundo Gleisi, os petistas também veem o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), como uma alternativa para a sucessão de Jair Bolsonaro em 2022.
Em 2018, Haddad foi ao segundo turno da eleição presidencial, amealhando 47 milhões de votos. Além disso, o PT elegeu a maior bancada de deputados federais, quatro senadores e quatro governadores. Para 2022, Gleisi já menciona outras possibilidades, se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuar legalmente impedido de se candidatar – em função do seu enquadramento na Lei da Ficha Limpa.
“Haddad é o nosso nome forte, mas vamos discutir com os partidos de oposição”, afirma. Segundo ela, o governador do Maranhão pode ser vice na chapa petista, ou até encabeçar a chapa. Gleisi afirma que Lula não convidou Flávio Dino para se filiar ao PT, ressalvando que o PCdoB é “nosso amigo e aliado”.
Conforme O Globo, no entanto, o convite para Dino sair do PCdoB e voltar ao PT partiu do próprio ex-presidente. “Numa conversa recente, em São Paulo, Lula começou com um ‘volta para casa’, na tentativa de atraí-lo para o PT, o primeiro partido do governador do Maranhão. Não só. Prometeu que faria de tudo para Dino ser o candidato do PT à presidência em 2022. Não convenceu”, informa a coluna de Lauro Jardim, publicada no Globo.
O governador reeleito do Maranhão tem sobressaído por sua movimentação em busca de uma frente ampla contra o autoritarismo e em defesa da democracia. Primeiro, Dino visitou o ex-presidente José Sarney, seu adversário histórico. Em dezembro, encontrou-se com o apresentador de TV Luciano Huck. Na última semana, reuniu-se com Lula e também com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
“Dino é uma liderança que está se colocando no cenário nacional, é preparado e está fazendo um movimento legítimo”, disse Gleisi. “Ele pode ser uma alternativa, nós o respeitamos muito, ele sempre foi muito leal à causa do presidente Lula”, completou.
Para ela, Bolsonaro é o mais forte em seu campo. “Não vejo na direita ninguém, pelo menos por enquanto, com capacidade de substituí-lo”. Questionada sobre o potencial de Huck, a petista diz não ver nenhuma proposta concreta dele para o povo brasileiro. “O Bolsonaro tem mensagem popular. Huck vai dizer o quê? ‘Sou de centro’?”
Gleisi tem sido cobrada por ações mais assertivas de que o PT era capaz quando fazia oposição a FHC. Para a dirigente, o problema é que os partidos de esquerda enfrentam uma “hegemonia de opinião”, já que a grande mídia é amplamente favorável à política econômica de Bolsonaro. “Não existe opinião contrária. Todo mundo está positivando a economia”, critica.
Gleisi nega que Lula tenha submergido após os primeiros discursos, em tom incisivo, quando foi libertado em novembro. Segundo ela, o ex-presidente já deu uma série de entrevistas e participou de atos públicos no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
O PT tem 256 prefeitos e 2.808 vereadores. Para ampliar esse número, o partido instala no próximo dia 7 o grupo de trabalho eleitoral (GTE), que será coordenado pelo deputado José Guimarães (CE) e terá os reforços de Haddad e do senador Jaques Wagner (BA). O partido terá candidatos próprios em quase todas as capitais e nas grandes cidades.
Gleisi pondera que, após o fim dos programas partidários anuais e das inserções, a campanha eleitoral será o principal canal para fazer o debate político, defender Lula e o legado do partido. Os petistas cogitam ceder a cabeça de chapa nas disputas para as prefeituras para o deputado Marcelo Freixo (PSOL) no Rio de Janeiro e para a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) em Porto Alegre.
Segundo Gleisi, a deputada Marília Arraes (PE) deve ser candidata a prefeita do Recife, apesar da pressão contrária do diretório municipal. A palavra final será da direção nacional do PT. Em São Paulo, com seis pré-candidatos, o esforço será para buscar um entendimento. “Respeito as prévias, mas não vejo hoje grande diferença política na condução do processo de São Paulo que justificasse esse processo”.
Com informações do Valor Econômico e do O Globo
Acho válida, essa união, uma vez que PSOL e PCdoB são parceiros. Tem que apresentar o candidato forte o bastante para derrubar o autoritarismo e devolver os direitos perdidos nesses últimos 4 anos.
A Presidenta Gleisi merece o respeito de todos nós. Lula, a mim, já o perdeu.
A união das esquerdas é de fundamental importância para que sejam conquistadas novas prefeituras com a bancada de vereadores fortalecidas.Penso que o PT pode abrir mão de ser cabeça de chapa,a exemplo aqui do RJ,onde o deputado federal Marcelo Freixo(PSOL)possui excelente intenção de votos.Precisamos sim,unir força total da esquerda para derrotar um insano “presidente”que elogia torturador e todos os partidos que o apoiam.
Concordo c a chapa: Flávio Dino já era meu candidato, esperando só a confirmação…l
Temo que essa hipótese tenha sido admitida por Gleisi apenas para fazer frente à crescente percepção de uma expressiva quantidade de pessoas progressistas, não necessariamente vinculadas a partidos de forma orgânica, da nocividade representada pelo exclusivismo do PT. Em última análise, foi essa incapacidade de apoiar um nome que não seja do PT em eleições importantes como as relacionadas ao governo de São Paulo ou à Presidência do Brasil, entre outras, que levou à vitória do fascista Jair Bolsonaro em 2018. Não importa se Ciro Gomes não é de esquerda, como afirmam os petistas, tentando justificar essa irresponsabilidade política em relação aos interesses maiores do povo e da nação (interesses que foram em 2018 preteridos em nome dos interesses partidários exclusivistas do PT), a vitória do ex governador do Ceará na disputa contra Jair Bolsonaro no segundo turno, apontada como bastante provável por todas as pesquisas à época das eleições, impediria que o governo antipovo,de destruição da democracia, dos direitos sociais e trabalhistas, da cultura e da nação, que estamos conhecendo, comandasse o Brasil. Um erro histórico do PT que temo que jamais seja reparado. Para mim, os petistas dificilmente se livrarão dessa inclinação ao exclusivismo; o máximo que oferecerão a Flávio Dino é o lugar de vice na chapa de Haddad. Por sua vez, Flávio Dino (o seu partido) não pode deixar de oferecer o seu nome como uma das alternativas a uma eventual candidatura apoiada por uma Frente Ampla e Democrática, para ser, ao contrário, o candidato das conveniências politicas do PT, funcionando quase como uma espécie de estepe das pretensões hegemônicas desse partido. A concepção da necessidade de uma Frente Ampla e Democrática é uma necessidade histórica inegociável que, para corresponder plenamente aos interesses dos trabalhadores e do povo, demandará uma forte unidade da esquerda na luta não institucional, que mobiliza e organiza o povo para defender, a partir das ruas, os seus interesses. Sem o apoio das ruas, jamais um governo progressista será viável em nosso país.
Grande opção uma vez que com esse nosso judiciário atual jamais será possível o retorno de Lula…bota Haddad de vice.
Acho esta idéia uma maravilha, pois desta forma resolveríamos duas situações, sendo a primeira que o PT abre mão da cabeça de chapa e a segunda é a questão de que Haddad nos ajudaria a ganhar a Prefeitura de São Paulo, que após a saída de Haddad, caiu em mãos que desconstroem nossa Cidade a cada ano que passa.
Chapa Dino/ Haddad tem meu apoio. Acho sim que o Dono pode encabeçar a chapa.
Acho que isso tudo é só uma estratégia para abafar o crescimento do nome de Ciro Gomes, porque Ciro já está de olho em Flávio Dino faz é muito tempo. A união de Ciro e Flávio desestabiliza a candidatura do Haddad.
Acorda, Alice. Qual o sentido de uma Chapa Ciro e Dino? No que isso agrega? O próprio Flávio sabe que não tem saída democrática sem o PT. A Gleisi está fazendo um gesto importante, o qual abre caminho para um futuro promissor. Embora eu seja petista, acredito que o Flávio vai chegar em 2022 em melhores condições de encabeçar a chapa do que o Haddad, portanto teremos a chapa Dino e Haddad muito competitiva. Ao Ciro restará ir para Paris.
Considero muito cedo para conjecturas de nomes para cabeça de chapa à presidência em 2022. O importante é o movimento que o PCdoB capitaneado por Dino vêm fazendo em torno de uma frente ampla contra o nazi-facismo que está se instalando em nosso país. Acho que Ciro Gomes é um protagonista a ser considerado nesse arco de alianças democráticas. Penso também que se o PT considera minimamente a possibilidade de deixar o exclusivismo eleitoral, precisa ter mais respeito e humildade na relação com outras lideranças e partidos democráticos.
Flavio Dino, certamente, não é o único nome para representar em uma eleição presidencial uma Frente Ampla e Democrática. Existem vários instrumentos para dimensionar essa representatividade,no futuro, indicando o postulante que mais agrega forças e votos. Entretanto, pela força eleitoral que possui no Maranhão, ou será candidato a Presidente, ou será candidato ao Senado, sendo um absurdo jogar o seu cacife eleitoral no vácuo político de uma candidatura à vice. Portanto, chapas com Dino figurando na vice deveriam, em minha opinião, ser descartadas. Quem é o vice em uma chapa majoritária qualquer tem muito pouca relevância para o eleitor. Entretanto, depois de proibidas as coligações e estabelecida a antidemocrática cláusula de barreira (duas medidas votadas pelos deputados do PT, mais uma vez, inspirados em tentações exclusivistas), não tem cabimento jogar no lixo milhões de votos para figurar numa chapa como vice, seja com Lula, seja com Ciro ou com qualquer outro nome. Para vice, se vier a ser o caso, o PCdoB poderia indicar alguém como Leci Brandão, mulher, negra, inteligente, cantora e compositora de grande qualidade, nacionalmente conhecida, com grande carisma e capacidade de argumentação
Flávio Dino vem fazendo um governo diferente no Maranhão, o q o credencia a ser o candidato da esquerda a Presidência da República em 2022. L que precisa ser entendido é q o bloco de esquerda, não necessariamente precisa ser encabeçado pelo PT. Hoje o nome de maior destaque da esquerda é o nome do Flávio Dino do PCdoB do Maranhão. Portanto se queremos um nome em condição de desmonte desse governo fascista e destruidor dos direitos dos trabalhadores a o nome é Flávio Dino. Esse tem nosso apoio. Aqui em Barcarena no Pará, a categoria do Sindicato dos Químicos é Flávio Dino.
Primeiro tem que resgatar a língua portuguesa e acabar com essa bobagem de “presidenta”. Segundo… tá mais fácil o Bozo biroliro virar comunista do que os lulopetistas largarem o osso! Dino se quiser ir adiante, deve construir a partir de uma pauta que unifique as forças populares e democráticas.
Essa decisão foi assertiva uma chapa boa seria Flávio Dino – presidente e Rui Costa – vice presidente.
O PT tem que abrir mão e apoiar os partidos que sempre foi seu apoio.
Tirando as ‘premonições’ carregadas de idealismos e ufanismos,a construção está em curso.
Mas,quem já viu e viveu experiências na luta pela redemocratização nos anos 70/80,não pode se iludir quanto ao jogo duro e sujo que vem pela frente.Esquecem de colocar o Centro na disputa – seria a saída ideal para burguesia tupiniquim.
Hoje quem comanda o Congresso é o DEM,certo?
Flavio Dino é distaque e inovaçao politica no maranhao e nao será deferente no cenário nacional , fêz diferênsa no Maranhao e vai fazer no Brasil,, além do q, hoje é sem dúvida a maior forsa politica democrática do Brasil. Portanto nao pode, nem deve jogar fora todo seu acervo político fora com história de vice alimentando sonho do PT a levar Hadad a Presidência. Forsa. Dino, foco e fé, vc será o proximo. Presidende do nosso querido Brasil.