Dilma afirma que Bolsonaro está destruindo as empresas nacionais
Dilma Rousseff escreveu nas redes sociais que a adesão do Brasil ao acordo internacional vai aprofundar ainda mais a destruição da engenharia nacional.
Publicado 22/01/2020 12:02 | Editado 22/01/2020 12:18
A ex-presidenta Dilma Rousseff diz que o governo de Bolsonaro dá um duro golpe nas empresas nacionais ao anunciar a adesão a acordo internacional de compras governamentais do qual fazem parte países da Europa, Estados Unidos, China e Japão, entre outros.
O anuncio foi feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suiça), nesta terça-feira (21).
“Bolsonaro desfecha novo golpe contra empresas nacionais. Política de destruição do setor se aprofunda com abertura do mercado a empresas estrangeiras, anunciada pelo ministro da Economia, na Suíça. É a pá de cal no desmonte promovido pela Lava Jato na engenharia nacional. Pior”, escreveu do Twitter a ex-presidente.
Para ela, o governo abre mão de ter uma política de compras públicas que leve em conta os brasileiros. “A concorrência pode estrangular diversos setores empresariais.”
A ex-presidente lembrou que a Operação Lava Jato foi uma das responsáveis pela paralisação de obras em todo o país e levou empreiteiras a perderem mercado interno e externo.
Segundo especialistas, as maiores construtoras do país, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, UTC e Constran tiveram perdas de 85% de suas receitas entre 2015 e 2018, passando de um faturamento conjunto de R$ 71 bilhões para apenas R$ 10,8 bilhões.
Nesse mesmo período, a construção pesada fechou um milhão de postos de trabalho no país, o equivalente a 40% das vagas de emprego perdidas na economia.
“A Operação Lava Jato contribuiu para sufocar setores inteiros que eram responsáveis por parte significativa do crescimento da economia nacional como petróleo e gás, construção naval e civil, entre outros”, afirmou o presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann.
Com informações do site da CUT