Apoio a Stalin cresce na Rússia; sindicato pede a volta de Stalingrado
Popularidade é particularmente marcante na Geórgia, onde Stalin nasceu, e na Rússia, podendo ser vista nas ruas da capital Moscou e encontrando eco em intelectuais e historiadores.
Publicado 19/01/2020 13:10
Uma pesquisa feita pela BBC revelou que 51% dos russos admiram o revolucionário comunista Josef Stalin (1878-1953), o mais longevo líder da União Soviética (URSS). O percentual aumenta quando questionados sobre o papel de Stalin na história russa – 70% afirmam que sua atuação foi “positiva”.
A tendência é respaldada por um estudo do VtsIOM (Centro Russo de Pesquisas de Opinião Pública), que também aponta uma fatia crescente de russos que consideram o legado stalinista como positivo. Essa popularidade é particularmente marcante na Geórgia, onde Stalin nasceu, e na Rússia, a capital do império, podendo ser vista nas ruas de Moscou e encontrando eco em intelectuais e historiadores.
Desde outubro de 2012, uma organização civil chamada Sindicato dos Cidadãos Russos recolhe assinaturas para devolver a Volgogrado o nome pelo qual a cidade se tornou célebre em todo o mundo: Stalingrado. Ali, durante a Guerra Civil que se seguiu à Revolução Bolchevique de 1917, Stalin conduziu o Exército Vermelho e conquistou uma grande vitória.
Em 1925, já à frente da URSS – após a morte precoce de Lênin –, o Comitê Central do Partido Comunista propôs que a cidade fosse rebatizada em homenagem ao líder soviético. E foi com o nome de Stalingrado que esse território foi palco de uma das maiores, mais sangrentas e heroicas batalhas da Segunda Guerra. O nome perdurou até 1961.
No site da organização, explica-se que “a posição do Sindicato dos Cidadãos da Rússia é simples e compreensível a cada patriota”. O abaixo-assinado recolheu na internet 9.780 assinaturas a favor da mudança – e apenas 687 contra. Na véspera das últimas eleições presidenciais, especulou-se que o presidente russo, Vladimir Putin, renomearia a cidade para atrair eleitores.
Membros do Clube de Especialistas de Volgogrado conseguiram mudar o nome da cidade por um dia em comemoração aos 70 anos da vitória das tropas soviéticas, em 2 de fevereiro de 2013. “A ideia é fazer disso uma tradição, enquanto não se resolve a questão da renomeação da cidade”, diz o cientista político Vitáli Arkov.
Stalin, batizado Iosif Vissarionovich Djugashvili, morreu em março de 1953. Desde então, a Rússia está na terceira onda de “desestalinização”. A primeira foi conduzida pelo revisionista Nikita Kruschev em seu discurso secreto no 20º Congresso do Partido Comunista da URSS. Em 1961, quando Stalingrado foi rebatizada de Volgogrado, o corpo de Stalin foi retirado do gélido mausoléu da Praça Vermelha e enterrado próximo de um dos muros do Kremlin. Ainda hoje, é um dos túmulos mais visitados no local.
A segunda onda veio nos anos 80, com a perestroika de Mikhail Gorbachev, que implodiu a URSS. Por fim, a terceira onda é recente. Iniciou-se em 2010 com a nomeação de Mikhail Fedotov ao cargo de chefe do Comitê Presidencial para os Direitos Humanos. Uma das primeiras ações de Fedotov foi declarar guerra ao que chamou de “culto a Stalin”, com o apoio do então presidente Dmitri Medvedev.
Nenhuma dessas ondas, porém, foi suficiente para fazer o povo russo apagar os feitos e o simbolismo de Stalin. Em 1965, nas comemorações dos 20 anos do fim da Grande Guerra Patriótica – nome como os russos chamam a Segunda Guerra –, o líder Leonid Brejnev citou Stalin. “Não devemos encobrir os erros, mas também não podemos encobrir os méritos. Portanto, respeitemos Stalin”, disse Brejnev, sob aplausos.
Que méritos são esses? Livros de História da Federação Russa redigidos por Aleksandr Filippov se referem a Stalin como “um administrador eficiente” e à repressão civil como “custos” do progresso. Essa visão é compartilhada por Issaak Kalina, que foi vice-presidente da Comissão Presidencial Contra a Falsificação da História em Favor dos Interesses da Rússia.
A habilidade como “administrador” é o principal argumento dos que advogam a favor de Stalin hoje. Mesmo durante sua vida, teve seus méritos reconhecidos, até pela insuspeita revista conservadora norte-americana Time, que o escolheu “homem do ano” duas vezes, em 1939 e 1942.
Basta uma análise de alguns números dos dois primeiros Planos Quinquenais soviéticos, tocados a mando de Stalin. Embora o Planeta enfrentasse a Grande Depressão que sobreveio ao Crash de 1929, a URSS, um país isolado, obteve avanços impressionantes. “A economia soviética, conforme as mais recentes e confiáveis estimativas, cresceu no mínimo 70% entre 1933 e 1938”, registra Richard Overy, professor do King’s College de Londres.
Ainda que os esforços soviéticos não tenham valorizado o consumo de massa, o planejamento econômico dos comunistas foi capaz de, entre 1928 e 1937, fazer a produção de máquinas crescer incríveis 2.425%. O número da produção de automóveis foi catapultado de 800 unidades anuais para 200 mil no mesmo período. Muitos fundamentos do estudo da macroeconomia, hoje matéria obrigatória em cursos de economia, são resultado do trabalho dos burocratas soviéticos.
“Vinte milhões de pessoas morreram em três ou quatro anos com a Guerra Civil, e a Primeira Guerra ainda resultou em mais 1,5 milhão de mortos. O país sumiu do mapa da política mundial – era apenas sangue, chamas, violência”, diz o historiador Aléksandr Vershínin, do Centro de Análises da Governança. “Stalin surgiu do sangue da guerra civil. E, no lugar do caos, instalou a calmaria”, resume.
Com informações da Aventura na História
Stálin sempre.
Tá certo…. Eu também pediria aqui nessa joça…o Getulismo. Juscelinismo e Lulismo…
Toda a ação de Stálin visava defender interesses da pátria mãe Ursa, e de seu povo, contra ataques de fascistas e nazistas, e seus aliados traidores.
Prezou pela soberania russa. Resgatou valores nacionalistas e devolveu dignidade ao proletariado da URSS.
O “homem de aço” merece sim, todo esse reconhecimento por ter dedicado sua vida a essa causa!
Sou socialista convicto, sem qualquer simpatia por políticas liberais de direita, militante ativo por justiça social.
Mas nem por isso perdôo os crimes de Stalin. O seu regime matou ao menos 1 milhão de pessoas por se oporem ao regime ou criticá-lo, mas as estimativas não oficiais elevariam o número para mais de 15 milhões por
conta de prisões em gulags, deportações em massa e fome.
Stalin foi um inegável herói da 2a. Guerra, contribuindo decisivamente para a derrota de Hitler e seus nazistas. Sem ele os aliados não teriam vencido a guerra.
Mas não há como negar que seu regime foi cruel dentro da URSS contra os próprios russos e outras etnias que estavam sob domínio soviético.
Mesmo sendo de esquerda não posso ser conivente com meias verdades.
Costumamos lembrar de estadistas , através de “seus feitos ” positivos. Stalin comandou o maior processo de ascensão social da história, “tirou ” do atraso um país agrário e colocou como segunda maior potência do mundo, o IDH dos soviéticos esteva entre os maiores do mundo ,libertou a Europa do Nazismo , ajudou muitos povos a se libertarem ( o caso dos Chineses ) e etc…
No entanto, cometeu muitas atrocidades, matou ícones da revolução Russa e traiu muitos revolucionários pelo mundo ( como a república espanhola na guerra civil espanhola )…
Na memória coletiva, que é seletiva, costumamos lembrar dos feitos positivos e duradouros…aqui, no Brasil, exaltamos Getúlio ( por causa fã CLT e do nacionalismo ) e esquecemos que foi um ditador brutal : porque acreditamos que seus feitos positivos foram maiores e mais duradouros !
Rússia capital do império… como assim capital? Admitamos que a Rússia era imperialista? Curiosa posição.
Nenhum progresso por mais significativo que ele seja, justifica o assassinato de milhões de seres humanos. Stálin foi um dos maiores criminosos da história e ponto final.
Stalin não merece nada. Foi ditador paranóico, sanguinário e cruel. Muito pior que Hitler. Sua paranóia levou à morte milhões de vítimas nos Gulags da Sibéria. O que ele merece é se juntar à outros como ele no inferno.
Stalin é o dirigente comunista mais implacavelmente atacado pela propaganda ideológica do imperialismo, precisamente porque não foi apenas um bom administrador, mas o “homem de aço” necessário e indispensável à defesa dos interesses da Revolução Proletária no contexto histórico de cerco imperialista que a condicionava, a ponto de produzir a barbárie do nazismo para tentar derrotá-la. Como a principal caracteristica da esquerda pequeno-burguesa é se adaptar ao ambiente ideológico produzido por essa propaganda imperialista, ela prontamente incorporou ao seu discurso de “socialista democrática” (sic) a denúncia dos supostos “crimes hediondos” de Stálin produzidas pela máquina de dominação ideológica da burguesia. Que “crimes” foram cometidos por Stálin que algum presidente “democratico” de um país imperialista como EUA, França, Grã Bretanha e Alemanha, não tenha cometido ou cometendo contra os trabalhadores e os povos de todo o mundo? Quem quiser conhecer a verdadeira natureza do período em que Stálin esteve no comando da URSS leia “Stálin, história crítica de uma lenda negra”, de Domenico Losurdo.
É difícil aceitar mas sem Stalin o mundo seria neonazista com o consentimento do capitalismo selvagem
Para os que acreditam que Stalin matou milhões de pessoas (os numeros variam, e se não me engano, o renegado Solzhenytsin falou em 100 MILHÕES de mortos) recomendo a leitura das obras de Grover Furr, professor da Universidade de Montclair em New Jersey, que desmascarou estas mentiras goebbelianas de Nikita Khruschev, este sim com sangue de suas vitimas até os cotovelos. Estas mentiras foram desde então repetidas pelos inimigos do comunismo. Ou seja o anti-stalinismo virou uma arma poderosíssima contra o comunismo. Isto para o deleite dos imperialistas e reacionários de toda espécie. Para os que lêem em russo, existe uma literatura extensa desmascarando este mito tão perverso e nocivo. Apesar destas mentiras repetidas ad infinitum inclusive na Rússia capitalista, Stalin permanece sendo o político mais popular da história russa. E com muita justiça! Para os interessados o website do Professor Furr é https://msuweb.montclair.edu/~furrg/
Stalin sem dúvida foi um herói.
Nikolai Lieders, já existe historiografia moderna que desmente essa versão sanguinária de Stalin. Recomendo Grover Furr, Ludo Martens, Emil Ludwig, Mário Souza entre outros…
Salve Stalin! Glória, Glória ao Pai dos Povos!
O filme Mr. Jones, exibido na última Mostra Internacional em SP, mostra a odisseia de um repórter inglês nos anos 30 na URSS. Sua matéria publicada , corajosa e reveladora, inspirou George Orwell a escrever The Farm. Quem acha Stalin assim tão incrível deveria ver essa filme, é um soco no estômago.
Para ser ter uma ideia da dimensão dos ataques urdidos pela CIA contra os comunistas, em geral, e Stálin, em particular, sugiro a leitura do livro “Quem pagou a conta? A guerra secreta da CIA contra a cultura” , de Francis Stonor Saunders.
Em uma passagem deste livro, podemos ler que, George Orwell, autor de A revolução dos bichos, dividiu o mundo entre “os porcos comunistas e os humanos capitalistas” e entregou à CIA uma lista com 35 nomes de simpatizantes do comunismo.
Falar contra Stalin é engolir a desinformação dada pelos revisionistas comprados pelo americanos.
É não ter lido porra nenhuma escrita por Stalin. É a esquerda querendo ficar de bem com a direita.
Por isso que a esquerda brasileira é uma merda aos moldes de PSOL e PCdoB.
Stalin foi o verdadeiro e único herói da Segunda Grande Guerra, pois o ocidente sorrateiramente criou Hitler cujo intuito fundamental era a destruição da Rússia e do regime socialista, para constatar tal afirmação basta ler o livro, Minha Luta, escrito pelo monstro fascista, revelando todos seus propósitos e perspectivas.
Somente quando o ocidente viu que Hitler seria derrotado, iniciou a guerra ” de verdade” contra a Alemanha. Apenas pela cronologia dos fatos poderemos verificar, pois a Rússia foi invadida em 1941, sua reação vitoriosa se iniciou em fevereiro de 1943, finda a batalha de Stalingrado, e os aliados desembarcaram na Normandia somente em 1944, caso contrário os russos chegariam a Paris.
Stalin salvou o mundo, e isto é comprovado através da análise histórica.
Glória Eterna a este grande comandante!