Greve contra “reforma” da previdência segue forte na França
No segundo dia da paralisação, uma grande massa ocupa as ruas em protesto contra a proposta do presidente Emmanuel Macron para reformar o sistema de aposentadoria.
Publicado 06/12/2019 12:54

Com a total paralisação nos transportes, foram muitas as escolas fechadas em toda a França. Também os mais jovens estão contra as reformas propostas pelo governo.
"É por causa das reformas das pensões. Não querem que a idade da reforma aumente e que as pensões, no futuro, sejam tão bem pagas como são agora. E o Governo não deve baixar a remuneração da reforma", diz um jovem estudante.
Segundo os sindicatos, só em Paris, mais de 250 mil pessoas manifestaram nas ruas o desagrado contra o projeto de reforma das pensões.
Os sindicatos asseguram que têm o apoio dos franceses e que os protestos irão continuar até que o Governo abandone as suas pretensões.
"Em primeiro lugar, relativamente a esta proposta, todas as sondagens mostram que os franceses não a querem. Em segundo lugar, o governo tem tentado dividir-nos, tentando estigmatizar aqueles a quem chama de ‘privilegiados’. Por isso, a resposta está nas ruas. Os setores privado e público, estão todos aqui. Os aposentados estão aqui, os jovens estão aqui. Isso mostra que somos todos afetados por esta má proposta e estamos todos aqui para dizer que não a queremos", assegura o líder do CGT, Philippe Martinez.
France prepares for a second day of travel chaos, school closures and protests as national strike against planned pension reforms continueshttps://t.co/PIAXqgeovv pic.twitter.com/pRHztR0JnC
— AFP news agency (@AFP) December 6, 2019
Para esta sexta-feira, os sindicatos de vários setores, que incluem, por exemplo, trabalhadores ferroviários, professores e paramédicos, prometem continuar a luta, numa das maiores greves das últimas décadas em França.
O braço de ferro parece não ter fim à vista. O governo de Emmanuel Macron já avisou que pretende seguir o rumo e universalizar o sistema de aposentadorias, colocando fim a 42 regimes especiais.
Com informações da Euronews e da AFP