Publicado 25/09/2019 09:10 | Editado 04/03/2020 16:22
O vereador Evaldo Lima (PCdoB) criticou a fala do presidente Jair Bolsonaro quando da abertura, nesta terça-feira, em Nova York (EUA), da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Para ele, o discurso do chefe de estado brasileiro gerou constrangimento internacional por ofender direitos do povo, no que torna nítidos os interesses antidemocráticos do executivo nacional.
“Conforme o esperado, o discurso de Jair Bolsonaro no evento da ONU, nos Estados Unidos, foi motivo de vergonha internacional. O presidente do país proferiu ataques à democracia, aos direitos indígenas e ao meio ambiente, demonstrou nenhum interesse pela união entre as nações e só concretizou o retrato dos tempos nebulosos em que estamos vivendo hoje no Brasil”, disse.
Durante a sessão ordinária desta terça-feira, o vereador já havia alertado sobre a expectativa de tragédia que pairava antes mesmo de Bolsonaro discursar diante de representantes das nações de todos os cantos do mundo. Evaldo adiantou que seria “uma oportunidade para Bolsonaro expor ao mundo sua visão sobre o que acontece no Brasil, com ênfase na questão da Amazônia. Se falar a verdade, será massacrado. Se mentir, será ridicularizado”.
Em sua fala, o presidente abordou temas como a defesa da soberania nacional, situação ambiental e as medidas de proteção adotadas e também fez críticas ao “socialismo”, além de França, Cuba e Venezuela. “O discurso de Bolsonaro foi elaborado sob a orientação de Steve Bannon, ex-assessor de comunicação de Donald Trump e cabeça de um movimento neofascista que pretende se expandir pelo mundo”, alertou Evaldo Lima.
Sobre as pautas da Assembleia Geral, o parlamentar enfatizou a importância do debate acerca do aquecimento global, e destacou a importância de frear o aumento da temperatura com urgência. A crise climática, afirmou Evaldo, é algo que preocupa cientistas que insistentemente alertam sobre o problema. “A temperatura aumentará pelo menos três graus. Teremos catástrofes naturais de todo tipo. De secas cruéis a inundações ferozes, o nível do mar subirá drasticamente e perderemos parte substancial das selvas, entre outros horrores. O Brasil tem responsabilidade direta nessa luta”.