China quer buscar consenso com EUA, mas diz estar pronta para retaliar
A China denunciou que as novas tarifas dos Estados Unidos são uma violação dos acordos alcançados pelo presidente americano, Donald Trump, e o dirigente chinês, Xi Jinping, indicando que pode retaliar Washington. Embora os EUA tenham adiado de setembro para dezembro a implementação de 10% de sobretaxa para alguns produtos chineses, o plano de impor novas taxas tirou Washington e Pequim do caminho de resolver a disputa por meio da negociação.
Publicado 15/08/2019 11:39
Foi o que declarou o Comitê de Tarifas do Conselho de Estado da China em breve comunicado divulgado nesta quinta-feira. Em razão disso, indicou, a China "não tem outra escolha a não ser adotar as medidas necessárias para retaliar".
Em outra nota, o Ministério do Exterior da China manifestou a expectativa de que os EUA deixem o caso de Hong Kong como um assunto interno para o governo chinês tratar. Mais tarde, o próprio Ministério de Relações Exteriores suavizou o discurso, sem falar em retaliação.
“Esperamos que os EUA possam trabalhar em conjunto com a China para implementar o consenso dos dois presidentes que foi alcançado em Osaka e para elaborar uma solução mutuamente aceitável por meio do diálogo imparcial e com respeito mútuo”, disse a porta-voz da chancelaria chinesa, Hua Chunying. Segundo ela, tanto o presidente americano, Donald Trump, como o dirigente chinês, Xi Jinping, têm mantido contato por meio de telefonemas e “cartas”.
Nesta semana, Trump anunciou o adiamento das sobretaxas à China de 1º de setembro para 15 de dezembro. Antes, a China havia suspendido a compra de bens agrícolas e permitido a desvalorização do yuan. Negociadores teriam conversado por telefone no início da semana, abrindo espaço para o aceno do governo americano em relação às sobretaxas. Teriam acertado ainda um novo contato em duas semanas. Fontes indicaram que uma delegação chinesa pode viajar aos EUA em setembro para um encontro presencial.
Com informações do Valor Econômico