Governo gastará 40 milhões para convencer população sobre reforma
Para convencer a população que a proposta de reforma da Previdência é necessária e acabará com privilégios, o governo Bolsonaro anunciou que gastará R$ 40 milhões na nova campanha publicitária que fará a defesa da proposta de reforma da Previdência. As propagandas devem ser lançadas na segunda quinzena de maio e serão veiculadas em rádio, televisão, jornais e internet, com o slogan "Nova Previdência, pode perguntar".
Publicado 06/05/2019 17:30
A propaganda tentará convencer a população de que a reforma da Previdência "promoverá justiça social e ampliará a capacidade de investimentos do país, com geração de emprego".
A campanha foi formulada pela Secretaria Especial de Comunicação (Secom), a Secretaria de Governo, e produzida pela agência Artplan.
A linguagem visual terá a predominância das cores verde e amarelo da bandeira brasileira.
Para a televisão, as peças serão em formato de pergunta e resposta e terão um selo com a frase "Essa é a verdade". Foi informado ainda que terão outdoors, mas não foi anunciado em quais cidades serão exibidos.
A nota do governo diz que as mensagens da propaganda abordaram "a redução de privilégios históricos do sistema previdenciário brasileiro, que inclui a diminuição da contribuição de quem ganha menos e o aumento da contribuição de quem ganha mais; a manutenção das regras vigentes para quem já está aposentado; o aumento dos recursos para a Educação; e a economia promovida a Estados e municípios, o que vai auxiliar no equilíbrio das contas públicas", informou.
Segundo cálculos do governo, com a reforma na Previdência serão economizados mais de R$ 1 trilhão em dez anos.
A população que pagará a conta
Dificilmente será apresentado tal como são os pontos principais da proposta de reforma, como o "benefício de prestação continuada", onde o aposentado deverá continuar pagando até completar 70 anos, após isso, receberá um salário-mínimo de aposentadoria, ou a implantação do "Sistema de Capitalização", onde os benefícios serão pagos baseado nas contribuições feitas pelo próprio trabalhador aos bancos.
A proposta de reforma ainda inclui o aumento da idade mínima para se aposentar, com aumento para homens e mulheres (62 anos para mulheres e 65 anos para homens), com contribuição mínima de 20 anos e ainda há mudança na aposentadoria rural: 60 anos tanto para homens quanto para mulheres, com contribuição de 20 anos. E essa idade mínima vai aumentando. Com o passar dos anos, nessa proposta, não haverá mais aposentadoria por tempo de contribuição.