Militância comunista da Bahia homenageia o PCdoB em ato pelos 97 anos 

vez na luta contra o governo do presidente Bolsonaro. “Agora, com esse governo de extrema-direita, querem destruir a espinha dorsal dos direitos dos trabalhadores. O PCdoB apresenta a necessidade de construção de uma frente política ampla para enfrentar essa realidade. É com essa experiência histórica que apresenta o caminho”, afirmou Davidson Magalhães.

Os deputados federais Alice Portugal e Daniel Almeida reforçaram a defesa feita pelo presidente estadual da necessidade de o partido fazer o chamamento da luta unificada contra Bolsonaro. “Queremos crescer e protagonizar. Por isso, precisamos unir as forças das esquerdas progressistas. O PCdoB tem na história e no DNA essa construção de frente contra o fascismo e contra aqueles que não querem deixar que o povo tenha espaço e vez”, afirmou Alice.

Para Daniel, que é líder da bancada do partido na Câmara dos Deputados, promover a resistência a Bolsonaro e a tudo que ele representa é uma obrigação histórica e programática dos comunistas brasileiros. “Estivemos, nesses 97 anos, junto com nosso povo, ao lado do nosso povo, em cada uma das batalhas. Não foram batalhas fáceis, em algumas, emprestamos nosso sangue. Mas todas as vezes em que o Brasil precisou do PCdoB, estivemos lá”, disse.

Inspiração

Manuela D’Ávila usou a intervenção no ato de aniversário para parabenizar, especialmente, o PCdoB da Bahia, que, segundo ela, representa uma inspiração de atuação e organização política para todo o país. “Nós, militantes do partido no Brasil inteiro, precisamos agradecer ao Partido Comunista da Bahia por nos ensinar que é possível ser um grande partido na frente institucional, mas que segue com os dois pés na luta do movimento social e em defesa da construção de uma sociedade mais justa, humana e fraterna. Os ventos que sopram a experiência da Bahia são de que o nosso sonho de ser maior é possível”.

Transformação

Na ocasião, a deputada estadual Olívia Santana defendeu que o aniversário é sempre uma oportunidade de reafirmar o compromisso que os comunistas possuem com a transformação social. “Nosso partido é o partido do socialismo e da revolução. Precisamos ter sempre em vista esse ideário de transformação social, que é muito mais estrutural, muito mais profunda. Nesse momento, em que o capitalismo agoniza as contradições do trabalho, é o PCdoB que tem que estar aqui, firme e forte, levantando consciências e a autoestima do nosso povo”.

O novo integrante do Comitê Central do PCdoB, Uldurico Pinto, ex-dirigente do PPL, também falou em transformação, com a chegada dele e outros militantes, depois da incorporação. No entanto, ele garantiu que a transformação se dará com integração à organização comunista. “O Partido Pátria Livre foi incorporado, nesse momento, ao PCdoB. Viemos integrar para a luta do dia a dia”.

A sessão especial pelos 97 anos do partido em Salvador foi conduzida pelo deputado estadual Fabrício Falcão, líder da bancada comunista na Assembleia Legislativa. Na oportunidade, ele falou da alegria de poder fazer parte da história do PCdoB e da expectativa para o centenário. “Em breve chegaremos a 100 anos e tenho certeza que o caminho que estamos construindo nos fará chegar ao centenário ainda mais fortes e dispostos”.

O ato ainda contou com manifestações de Nágila Maria, representando a União Nacional dos Estudantes (UNE), e da nova cônsul de Cuba para o Nordeste, Milena Piedra.

De Salvador,
Erikson Walla