Defesa afirma que presunção de inocência Lula foi enxovalhada
Durante julgamento do pedido de liberdade do ex-presidente Lula pela 2ª Turma do STF, Cristiano Zanin Martins afirma que Lula cumpre execução provisória da pena sem julgamento justo. Advogado menciona a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU que determinou que o Brasil assegue os direitos políticos de Lula e disse que sua condução coercitiva, em março de 2016, foi para "enxovalhar a garantia de presunção de inocência e foi submetido a espetáculo"
Publicado 04/12/2018 16:28
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta tarde o pedido de liberdade feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O colegiado é o responsável pelos julgamentos dos processos oriundos da Operação Lava Jato.
Em sustentação oral, o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins afirma que a Constituição assegura a todo ser humano o direito de processo justo. "O que é o processo justo aquele que se desenvolve de acordo com o que prevê a lei e conduzido por juiz imparcial", diz ele.
Cristiano Zanin diz que Lula cumpre execução provisória da pena sem julgamento justo. Advogado menciona a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU que determinou que o Brasil assegure os direitos políticos de Lula e disse que sua condução coercitiva, em março de 2016, foi para "enxovalhar a garantia de presunção de inocência e foi submetido a espetáculo".
A defesa de Lula busca anular a condenação de Lula no caso tríplex argumentando que o juiz Sergio Moro atuou com parcialidade.