Publicado 08/11/2018 17:07
Em sua avaliação, a medida "pode trazer consequências econômicas bastante graves ao país", pois com a ausência de uma fiscalização forte a respeito de direitos trabalhistas, deixará o país ainda mais vulnerável.
"Os países não vão querer associar seus nomes a um mercado que esteja contaminado com trabalho escravo e trabalho infantil", salientou o procurador, enfatizando que o país só não está na "lista suja" porque há uma política de combate. "É importante que o presidente eleito tenha essa sensibilidade", defendeu.
Ronaldo Fleury frisou ainda que "não se resolve problemas de corrupção e até de ineficácia com a simples extinção, mas sim com a correção dos rumos".
Segundo ele, extinguir um ministério e fatiá-lo, vai diminuir a efetividade. "Não resolve um problema nem outro", defende.
Sobre a reforma trabalhista, que completa 1 ano no dia 11 de novembro, ele lembrou que na época da aprovação, os defensores da reforma falavam na criação de 5 milhões de vagas de emprego.
"O que aconteceu nesse um ano vem a comprovar o que nós alertamos ao governo e ao Congresso: o que cria emprego não é a flexibilização da legislação e sim a retomada da economia", afirmou.