Virada: Datafolha mostra queda de seis pontos entre Haddad e Bolsonaro

No levantamento anterior, realizado em 17 e 18 de outubro, Bolsonaro tinha 59% e Haddad, 41%.  Tanto a queda de Bolsonaro quanto a subida de Haddad se deram acima da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou menos. O Datafolha entrevistou 9.173 eleitores em 341 cidades, entre quarta (24) e quinta (25).

O resultado reflete o crescimento da campanha de Haddad e a reação do eleitorado ante uma série de episódios negativos envolvendo o candidato do PSL, que vão desde o seu discurso falando em eliminar a oposição, até a denúncia de que empresários pró-Bolsonaro compraram irregularmente pacotes de impulsionamento de mensagens contra o PT no WhatsApp, até . A Justiça Eleitoral e a Polícia Federal abriram investigações.

Considerados os votos totais, Bolsonaro tem 48%, ante 38% de Haddad e 6% de indecisos. Há 8% de eleitores que declaram que irão votar branco ou nulo. Desses, 22% afirmam que podem mudar de ideia até o dia da eleição.

Segundo o Datafolha, o deputado perdeu apoio em todo o país. Mas ele se mantém na dianteira em todas as regiões, exceto no Nordeste, onde Haddad tem 56% dos votos totais e Bolsonaro, 30%.

A maior subida de Haddad ocorreu na região Norte, onde ganhou sete pontos, seguido da Sul, onde ganhou 4. Já Bolsonaro mantém vantagem no Sudeste: 53% a 31% do petista. 

Entre os mais jovens (16 a 24 anos), Haddad viu sua intenção de voto subir de 39% para 45%, empatando tecnicamente com Bolsonaro, que caiu de 48% para 42%.

O segmento em que o petista mais subiu foi entre os mais ricos, aqueles que ganham mais de 10 salários mínimos. Ali, cresceu oito pontos, mas segue perdendo de forma elástica para Bolsonaro: 61% a 32% dos votos totais. Lidera na outra ponta do estrato, entre os mais pobres (até 2 salários mínimos), com 47% contra 37% do deputado.

Entre o eleitorado masculino, Bolsonaro mantém ampla vantagem sobre Haddad, embora tenha caído três pontos -mesma medida da subida do petista. Tem 55% a 35%, distância que é reduzida a um empate técnico por 42% a 41% entre as mulheres.

Haddad viu a sua rejeição oscilar negativamente de 54% para 52%, enquanto Bolsonaro teve a sua subindo três pontos, para 44%. A certeza do voto dos eleitores declarados de ambos é alta: 94% dos bolsonaristas e 91% dos pró-Haddad se dizem convictos.