Publicado 03/10/2018 10:46

Com aliados do centrão em debandada para a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) e o tucano patinando nas pesquisas, registrando 8% das intenções de voto, FHC reuniu intelectuais como o economista Samuel Pessoa, o cientista político Rubens Figueiredo, o cineasta João Batista de Andrade, o administrador Guilherme Setúbal e o educador Cláudio Moura e Castro para tentar turbinar a campanha de Alckmin na reta final de campanha.
O documento não é nenhuma novidade, pois FHC já havia sinalizado que lançaria o manifesto, mas a dificuldade foi reunir os nomes e os partido aliados. O texto diz que o Brasil precisa de um “compromisso radical com a democracia” e defende a realização de reformas.
O manifesto tenta desidratar a campanha de Fernando Haddad (PT), que é apontado como o candidato que vai disputar o segundo turno com Bolsonaro.
Primeiro a campanha de Alckmin tentou se colocar como o chamado “centro”, apontando a campanha de Haddad e Bolsonaro como os extremos. Como não deu certo, partiram para o desespero e a estratégia agora é usar os comerciais do horário eleitoral para buscar o chamado voto útil, sob o argumento de que sua candidatura é a única capaz de impedir a volta do PT.
“Você vê que o PT poupa o Bolsonaro, porque tudo o que o PT quer é ter o candidato de maior rejeição no segundo turno”, afirmou o ex-governador em propaganda.
Esta semana o tucano assistiu a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), também conhecida como bancada ruralista no Congresso, que reúne 260 deputados federais e senadores, anunciar o apoio a Bolsonaro.
No documento da frente, eles lembram que “as recentes pesquisas eleitorais trazem o retrato da polarização na disputa nacional, o que causa grande preocupação com o futuro do Brasil”.
Alckmin não escondeu o descontentamento e disse que os deputados e senadores da frente não foram consultados e que a manifestação foi um ato “individual e extemporâneo”.
“A manifestação da FPA foi até desrespeitosa. Eu também sou agricultor e não fui consultado. Deputados e senadores não foram consultados. Quem eles consultaram?”, indagou Alckmin.