Haddad combateu exclusão ao promover acesso à educação do trabalhador
De 2005 a 2012 o trabalhador brasileiro sempre excluído das políticas educacionais experimentou o acesso à educação técnica e a cursos no ensino universitário. No período, o ministro da Educação nos governos de Lula e Dilma era o candidato à presidência Fernando Haddad (PT). Em entrevista ao Portal Vermelho, Clemente Ganz, do Dieese, e Valéria Morato, dirigente da CTB, afirmam que a chapa Haddad e Manuela se credencia com propostas de combate à desigualdade educacional.
Por Railídia Carvalho
Publicado 19/09/2018 19:35
Haddad foi o responsável pela criação e implementação de políticas educacionais que criaram as condições para que o trabalhador e filhos entrassem na universidade ou ingressassem em um curso técnico, afirmaram os entrevistados.
Ao lado do Prouni, Fies e Sisu, o Programa Nacional de Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) se consolidou como o maior programa de formação profissional do pais. Em 12 anos sob a gestão de Lula e Dilma foram criadas 282 escolas técnicas federais. "Números que ultrapassaram tudo o que havia sido construído em toda a história do país", lembrou Clemente.
O objetivo do Pronatec ao ser criado em 2011 era formar e qualificar o jovem trabalhador e também atingir aquele trabalhador que não teve a oportunidade de concluir sua formação.
“A concepção de educação do Haddad como ministro e do governo Lula teve impacto marcante na formação e qualificação do trabalhador do ponto de vista da formação da capacidade produtiva, da força de trabalho, na melhoria da renda. Foram políticas que trouxeram qualidade de vida para as famílias e para as cidades”, analisou Clemente.
Segundo ele, até aquele período apenas o filho do rico teria condições de acessar um curso universitário, por exemplo. “Com uma mudança de olhar para combater essa desigualdade no acesso à educação, o governo do PT criou condições para que o filho do trabalhador também pudesse acessar a universidade e ter o direito de escolha de qual emprego seguir em vez de permanecer em ocupações historicamente destinadas aos filhos da classe trabalhadora”.
Golpe desmonte políticas de educação
Na opinião de Valéria Morato, o cenário vivido atualmente no Brasil após o golpe que levou Michel Temer à presidência é resultado do abandono de um ciclo de políticas que beneficiaram o trabalhador e sua família.
“Ao contrário do que aconteceu à época em que Haddad era ministro, o trabalhador que quer se qualificar hoje não tem como porque as políticas criadas no governo Lula que beneficiavam a ele e a sua família sofreram cortes nos últimos dois anos”.
De acordo com Valéria, além de desmontar as políticas dos últimos governos, Temer aprofundou a recessão. “Um país que não investe em desenvolvimento obviamente gera desemprego e atinge o trabalhador que viu o filho ou filha perder a ajuda para se manter na universidade e que perdeu seu emprego também e não pode mais ele próprio se manter na universidade seja pública ou privada. Isso exige despesa com alimentação e transporte”.
Jair Bolsonaro e Alckmin: Candidatos do golpe
A sindicalista criticou as candidaturas de Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB) que, na opinião dela, representam a continuidade da agenda do atual governo de Michel Temer. “O primeiro é um retrocesso na escola democrática, ataca o diálogo no ambiente escolar. Alckmin é a privatização da educação”.
“A chapa Haddad e Manuela tem proposta de governo para o trabalhador. Além de ser professor, Haddad esteve à frente do Ministério da Educação e entre políticas importantes criou a política de valorização do piso do magistério. Com a criação de escolas ampliou postos de trabalho para os professores. Tudo isso gera desenvolvimento. Ele e Manuela representam a retomada das políticas que geraram transformação social”, finalizou Valéria.
"Quanto mais essas políticas atingem aquele que é mais pobre e tem menos condições mais a sociedade ganha e caminha para a justiça social", completou Clemente.