“Indústria é a base do desenvolvimento”, diz Haddad em campanha no ABC
Fernando Haddad, vice na chapa de Lula e seu porta-voz na campanha, iniciou a sua agenda às 4 horas da manhã desta quarta-feira (5), em portas de fábricas da região do ABC, conversando com trabalhadores da Mercedes-Benz, Ford, DriveWay, PanMetal, entre outras.
Por Dayane Santos
Publicado 05/09/2018 10:48
Ao lado de Manuela D’Ávila (PCdoB) e de candidatos do PT em São Paulo, Haddad reafirmou a defesa do direito do ex-presidente Lula em concorrer à eleição e a disposição da coligação “O Povo Feliz de Novo” (PT-PCdoB-Pros) em colocar o país nos trilhos do desenvolvimento com geração de empregos.
“Estamos com muita garra para recuperar o Brasil para os brasileiros. Um Brasil que vem sendo literalmente roubado nas suas riquezas e nos seus direitos. Tudo sendo alienado pelo governo Temer com apoio do PSDB”, afirmou Haddad.
“A gente precisa estancar esse processo. Recuperar aquilo que foi o sonho dos brasileiros desde a posse do nosso presidente Lula, que se encontra hoje preso injustamente em Curitiba e impedido até o momento de participar da corrida presidencial”, completou.
Haddad fez questão de reafirmar que a coligação vai “até as últimas consequências na defesa o Lula e na defesa do seu direito a concorrer”.
“Ele [Lula] lidera todas as pesquisas. Agora, nem estão divulgando as pesquisas de vergonha dos resultados, porque depois de tudo que fizeram ele está ganhando no primeiro turno, porque o povo já reconheceu não só o direito dele de concorrer, mas o que seria benéfico para o país em termos de resgatar o país dessa crise”, reforçou.
A primeira fábrica a visitar foi a Mercedes-Benz onde Haddad foi cumprimentado por diversos trabalhadores e discursou defendendo uma nova política industrial para geração de empregos.
“Para nós, indústria é a base do desenvolvimento”, disse o ex-prefeito de São Paulo. “Nós viemos nas portas das fábricas porque para nós política industrial é uma coisa importante. Não é qualquer tipo de emprego que nós queremos gerar. Queremos gerar empregos de qualidade, que exija formação profissional e um correspondente salário mais elevado, compatível com essa formação”, salientou.
Haddad destacou que o Brasil tem capacidade científica para produzir tudo. “E o Lula sabia disso e apoiava a indústria nacional, apoiava os investimentos locais, apoiava a abertura de mercados externos para exportar os nossos produtos. Tudo isso fazia parte da nossa agenda”, lembrou o petista, que foi ministro da Educação durante o governo Lula.
“E essa agenda do Temer é de desmonte”, repeliu o candidato. “Desmonte da legislação que protege os trabalhadores, a nossa CLT. Desmonte da nossa Constituição que garante os direitos sociais, de saúde e educação. É muito importante que nós estejamos conscientes do que está em jogo nessa eleição. Não é pouca coisa. É a soberania popular e a soberania nacional que está em jogo nas eleições de 7 de outubro”, advertiu.
Na Ford, ele reafirmou a disposição de luta em defesa da soberania do voto dos brasileiros em escolher seu candidato a presidente. “Vamos trabalhar nos próximos 30 dias duro para a gente chegar ao segundo turno tranquilos e aí debater projeto contra projeto”, concluiu.