Meirelles desempregou milhões, mas diz que criará 10 milhões de vagas
O candidato de Michel Temer ao Palácio do Planalto, o Henrique Meirelles (MDB), afirmou que vai criar 10 milhões de empregos no país caso seja eleito. No entanto, em dois anos como Ministro da Fazenda de Temer, sua gestão aumentou o desemprego, subindo de 11,2% – equivalente a 11,4 milhões de pessoas – para 13,1% – 13,7 milhões de pessoas.
Publicado 04/09/2018 17:25
A declaração de Meirelles foi durante uma caminhada nesta terça-feira (4) junto com o candidato ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, presidente licenciado da Fiesp.
Questionado sobre como resolveria o problema da informalidade que aumentou com o desemprego e a reforma trabalhista, Meirelles afirmou que a solução é fazer a economia voltar a crescer.
Com declarações vagas e cheia de frases feitas, Meirelles disse que "essas pessoas não vão ficar sem trabalho porque o Brasil vai crescer”. “Com uma gestão pública competente nós vamos criar 10 milhões de empregos nos próximos 4 anos", disse.
Assim como faz em sua campanha eleitoral, em que tenta surfar nos avanços promovidos pela política dos governos Lula, Meirelles disse que tudo seria igual "como aconteceu quando eu assumi o Banco Central em 2003”. Ele repete a frase como um mantra, na vã ilusão de que alguém vai acreditar que sem ele o governo Lula teria sido outro.
“A confiança subiu no mesmo dia e o Brasil cresceu. Como ministro da Fazenda também. Agora está todo mundo preocupado com candidatos extremistas. No momento que eu ganhar a eleição a confiança vai voltar no mesmo dia", declarou o mágico Meirelles.
Questionado sobre o papel do governo Temer, do qual fez parte como ministro, na tragédia do incêndio que destruiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro, Meirelles responsabilizou a administração da UFRJ e num discurso de criminalização da política, disse que a direção da universidade é comandada por um partido de oposição.
"A universidade tem autonomia. Tem inclusive um determinado partido político de oposição que é aquele que administra a universidade. Temos que aprender no Brasil a dar responsabilidade para quem tem. Fazer a cobrança a quem de fato tem o poder efetivo para resolver o problema e não resolve", disse.