Ciro defende plebiscito para que o povo decida sobre Previdência
Durante participação no evento "Diálogo com o eleitor", promovido pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) em Brasília, nesta terça-feira, o candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) defendeu a realização de um plebiscito em que a população opine sobre a reforma da Previdência.
Publicado 14/08/2018 12:57
"Se depois de seis meses negociando com o Congresso, permanecer o impasse, a democracia direta pode ser aplicada via plebiscitos ou referendos. Será o caso da reforma da Previdência", disse Ciro.
Para ele, o plebiscito será um medida necessária porque os parlamentares não enfrentarão a retirada de benefícios a corporações, principalmente os magistrados. "Deputado não vota contra juiz. É preciso ser claro nisso", afirmou.
Ciro afirmou que alguns grupos da sociedade como juízes, políticos e promotores, que representam 2% da sociedade, abocanham 1/4 dos recursos previdenciários.
“São os poderosos da República, que mandam, desmandam. Não há a menor chance de político votar contra promotor. É preciso ter clareza disso. Assim como é na democracia representativa, é preciso chamar o povo a votar diretamente através de plebiscitos”, sustentou.
Em seu discurso, o presidenciável defendeu o modelo de capitalização para a Previdência e ainda classificou a proposta de reforma de Michel Temer de “irreformável”.
“A repartição à geração atual financia a geração que passou. Isso só funciona em economias formais e demografias jovens. Eram necessários seis trabalhadores para financiar um aposentado. Hoje, temos 1,5 para financiar um aposentado. Esse modelo é irreformável”, sustentou.
Ciro diz que no de regime de capitalização que propõe, economizaria R$ 370 bilhões.
O candidato pedetista também defendeu a unificação dos impostos em uma única alíquota como parte das medida de uma reforma tributária. “Depois de cortarmos todas as despesas ainda assim haverá déficit. Proponho que adotemos as melhores práticas. Um IVA cobrado com uma alíquota alta para substituir PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS. Essa alíquota vai ter que ser necessariamente alta na partida à medida em que vai formalizando a economia”, destacou.