Meirelles minimiza racha e diz ter votos para viabilizar candidatura

As garantias foram dadas ao ex-ministro para tentar tranquiliza-lo diante das resistências internas quanto a sua candidatura que poderiam inviabilizar a sua campanha ao Planalto. De acordo com os cálculos, do total de 629 votos previstos na convenção nacional, Meirelles teria 440 votos já consolidados.

Apesar das contas, ainda paira um clima de incerteza por conta da campanha do MDB de Alagoas, que tem influência direta do senador Renan Calheiros, ex-presidente do Senado, que é contra a candidatura de Meirelles.

Outra preocupação é o racha no diretório da legenda em Minas Gerais. O presidente do MDB, senador Romero Jucá (RR), decidiu dissolver o diretório em Minas por diferenças com o vice-governador mineiro Antônio Andrade.

"O importante é que teremos o apoio dos parlamentares de Minas, que mantêm o voto na convenção nacional", disse Meirelles, afirmando não ter preocupações. "A nossa margem na convenção nacional é muito ampla, não será uma diferença de poucos votos que será decisiva… mas ainda assim Minas terá 17 votos na convenção", afirmou.

O suposto apoio entre os correligionários ao ex-ministro da Fazenda só veio depois que ele anunciou que iria bancar integralmente os gastos de sua campanha, deixando o caixa da sigla para as campanhas regionais. Com isso, vai sobrar dinheiro para candidatos da legenda ao Senado, à Câmara dos Deputados e aos governos estaduais.

No último fim de semana, em conversa com Temer, em São Paulo, Meirelles recebeu o indicativo de que já há maioria no partido pela sua candidatura. A notícia boi veio acompanhada de uma ruim: a legenda ainda n]ao tinha um vice na chapa. A procura de um nome em outro partido não obteve sucesso já que o governo amarga um alto índice de rejeição. Segundo fontes, há uma tentativa de aliança com o PRB que, recentemente, desistiu da candidatura do empresário Flávio Rocha, dono da rede de lojas Riachuelo.