Esdras Gomes: Sindicalista não pode assediar!
“Diretor de sindicato tem que ser exemplo e vigilante sobre o seu comportamento. Se ele exige dos outros, tem que exigir de si próprio”.
Por Esdras Gomes*
Publicado 17/07/2018 10:22 | Editado 04/03/2020 16:22
Uma das coisas duras para dizer é que o movimento sindical tem, dentro de si, dirigentes que praticam assédio moral. É importante colocar o dedo na ferida. O assédio moral é uma epidemia em nossa sociedade e alguns dirigentes reproduzem comportamentos que condenam. Diretor de sindicato tem que ser exemplo e vigilante sobre o seu comportamento. Se ele exige dos outros, tem que exigir de si próprio.
Sindicalista tem que saber liderar
A luta não é automática. O fato de o sindicalista formar uma equipe de trabalho composta por diretores da entidade, funcionários e prestadores de serviços, estes não são obrigados a entender de pronto o que é a luta.
Já me deparei com funcionários com alguns de serviço que não entendiam o que era direito a entidade. Neste sentido, o sindicalista tem que entender o seu papel como educador e ensinar para os seus parceiros qual o sentido da luta.
Sindicalista tem que ser gentil
Não dá para ser ignorante com os sócios, funcionários e diretores do sindicato. A estupidez no trato só mostra o despreparo da liderança. Todos devem ser tratados com gentileza e com envolvimento. Se a pessoa não corresponde, chama para conversar e, na pior das hipóteses, acontece o desligamento. Mas não se pode assediar.
Liderança se constrói
O que as pessoas buscam hoje é solidariedade, envolvimento, participação e amor. O crescimento das igrejas nas periferias tem haver em parte com isso. Sindicato é a mesma coisa. Ninguém do sindicato deve se sentir mal tratado. Não há espaço nos dias atuais para “casa de ferreiro, espeto de pau”. O desconforto nas equipes só reforça a desunião e alimenta a derrota. A solução é mais treinamento juntos aos funcionários e diretores, assim como unidade na direção.
*Esdras Gomes é jornalista sindical cearense.
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