Comunidade acadêmica constrói movimento “Cada Vida Importa”

Professores, servidores e estudantes de 11 instituições de ensino superior realizam sábado, 21 de julho, o ato “A luta pela vida não tira férias".

Solidariedade

Dor, perplexidade, amargura, revolta, insegurança, tristeza, ansiedade, ódio, compaixão, pânico, coragem, esperança, indignação, vontade de fazer algo e, muitas vezes, não saber o quê!

Em meio a sentimentos como esses, foi criado o “Movimento Cada Vida Importa: A Universidade na Prevenção e no Enfrentamento da Violência no Ceará”, que vem sendo construído por professores, servidores e estudantes de Instituições de Ensino Superior do Estado. O objetivo é fortalecer reflexões e ações já em curso e incrementar outras que se façam necessárias, contribuindo para a prevenção e o enfrentamento da violência no Ceará.

Criado em fevereiro de 2018, com ênfase em ações preventivas, o movimento “Cada Vida Importa” quer contribuir, efetivamente, para a diminuição dos índices da violência cotidiana e da violação de direitos, que vêm culminando com números de mortes inaceitáveis, particularmente de adolescentes e jovens pretos, pobres e moradores da periferia. O Estado do Ceará contabilizou 15 chacinas nos últimos dois anos e meios e teve 981 crianças e adolescentes assassinados apenas em 2017, só para dar dois exemplos.

A luta pela vida não tira férias

É com esse sentimento que o movimento Cada Vida Importa vai realizar no dia 21 de julho (sábado), o ato "A luta pela vida não tira férias". O objetivo é mobilizar coletivos que lutam pela justiça social, por uma Fortaleza com menos violência, mais igualitária e com mais respeito aos direitos. O ato está marcado às 16 horas, com concentração no Espigão da av. Rui Barbosa.

Participam professores, estudantes e servidores advindos de campos de saber os mais diversos, integrantes de 11 Instituições de Ensino Superior: UFC, Uece, Unifor, UniFanor, UNiChristus, UNI7, Unilab, Urca, Fateci, Estácio de Sá, Instituto Federal do Ceará (IFCE- Fortaleza).

“O nosso movimento traz a pujança da indignação, a força da ousadia, e a insurgência da utopia. Tudo isso em formato de nossa busca coletiva por um mundo melhor, mais solidário, mais justo, mais emancipatório e, por que não, um mundo mais delicado e amoroso”, diz a psicóloga e professora da UFC, Ângela de Alencar Araripe Pinheiro, uma das organizadoras do movimento.

“Queremos o movimento Cada Vida Importa nos mais diversos redutos universitários, aos quais ainda não chegamos, tanto em Fortaleza, quanto no Interior, contribuindo para trincar e derrubar muros, muralhas e bunkers, alguns dos quais invisíveis, que têm sido edificados por estigmas e preconceitos de raça e etnia, de classe, de gênero e orientação sexual, dentre tantos outros, e que vêm resultando em massacres de populações tradicionais, indígenas e quilombolas, misoginia e feminicídio, ataques e assassinatos da população LGBTT, afirma Ângela Pinheiro

Se você se sente mobilizado, pode obter mais informações sobre o ato e a temática através do e-mail movimentocadavidaimporta@gmail.com, e das redes sociais. Facebook: Movimento Cada Vida Importa; e Instagram @movimentocadavidaimporta

Serviço

Ato “A luta pela vida vão tira férias”

Data: 21 de julho de 2018
Hora: 16h
Local: Espigão da av. Rui Barbosa (Av.Beira Mar)
Mais informações: Ângela Pinheiro (NUCEPEC/UFC – 997587223).