Comunidade acadêmica constrói movimento “Cada Vida Importa”
Professores, servidores e estudantes de 11 instituições de ensino superior realizam sábado, 21 de julho, o ato “A luta pela vida não tira férias".
Publicado 17/07/2018 11:13 | Editado 04/03/2020 16:22
Dor, perplexidade, amargura, revolta, insegurança, tristeza, ansiedade, ódio, compaixão, pânico, coragem, esperança, indignação, vontade de fazer algo e, muitas vezes, não saber o quê!
Em meio a sentimentos como esses, foi criado o “Movimento Cada Vida Importa: A Universidade na Prevenção e no Enfrentamento da Violência no Ceará”, que vem sendo construído por professores, servidores e estudantes de Instituições de Ensino Superior do Estado. O objetivo é fortalecer reflexões e ações já em curso e incrementar outras que se façam necessárias, contribuindo para a prevenção e o enfrentamento da violência no Ceará.
Criado em fevereiro de 2018, com ênfase em ações preventivas, o movimento “Cada Vida Importa” quer contribuir, efetivamente, para a diminuição dos índices da violência cotidiana e da violação de direitos, que vêm culminando com números de mortes inaceitáveis, particularmente de adolescentes e jovens pretos, pobres e moradores da periferia. O Estado do Ceará contabilizou 15 chacinas nos últimos dois anos e meios e teve 981 crianças e adolescentes assassinados apenas em 2017, só para dar dois exemplos.
A luta pela vida não tira férias
É com esse sentimento que o movimento Cada Vida Importa vai realizar no dia 21 de julho (sábado), o ato "A luta pela vida não tira férias". O objetivo é mobilizar coletivos que lutam pela justiça social, por uma Fortaleza com menos violência, mais igualitária e com mais respeito aos direitos. O ato está marcado às 16 horas, com concentração no Espigão da av. Rui Barbosa.
Participam professores, estudantes e servidores advindos de campos de saber os mais diversos, integrantes de 11 Instituições de Ensino Superior: UFC, Uece, Unifor, UniFanor, UNiChristus, UNI7, Unilab, Urca, Fateci, Estácio de Sá, Instituto Federal do Ceará (IFCE- Fortaleza).
“O nosso movimento traz a pujança da indignação, a força da ousadia, e a insurgência da utopia. Tudo isso em formato de nossa busca coletiva por um mundo melhor, mais solidário, mais justo, mais emancipatório e, por que não, um mundo mais delicado e amoroso”, diz a psicóloga e professora da UFC, Ângela de Alencar Araripe Pinheiro, uma das organizadoras do movimento.
“Queremos o movimento Cada Vida Importa nos mais diversos redutos universitários, aos quais ainda não chegamos, tanto em Fortaleza, quanto no Interior, contribuindo para trincar e derrubar muros, muralhas e bunkers, alguns dos quais invisíveis, que têm sido edificados por estigmas e preconceitos de raça e etnia, de classe, de gênero e orientação sexual, dentre tantos outros, e que vêm resultando em massacres de populações tradicionais, indígenas e quilombolas, misoginia e feminicídio, ataques e assassinatos da população LGBTT, afirma Ângela Pinheiro
Se você se sente mobilizado, pode obter mais informações sobre o ato e a temática através do e-mail movimentocadavidaimporta@gmail.com, e das redes sociais. Facebook: Movimento Cada Vida Importa; e Instagram @movimentocadavidaimporta
Serviço
Ato “A luta pela vida vão tira férias”
Data: 21 de julho de 2018
Hora: 16h
Local: Espigão da av. Rui Barbosa (Av.Beira Mar)
Mais informações: Ângela Pinheiro (NUCEPEC/UFC – 997587223).