Publicado 05/07/2018 13:15
De acordo com o levantamento dilvulgado pelo jornal Valor Econômico, a pré-campanha foi o tema mais comentado nas redes sociais no período (18), mas outros assuntos também tiveram destaque como Lava Jato (9%), machismo (8%), governo Temer (6%), emprego (6%), aborto (6%), racismo (4%), corrupção (4%), intervenção militar (4%), e Supremo Tribunal Federal (3%).
O pré-candidato com mais baixa interatividade nas redes sociais em relação aos temas de interesse e demandas dos eleitores é o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Ele concentrou a maior parte de seus posts (60%) para falar de si ou de sua pré-campanha.
Dos temas de interesse dos internautas, Bolsonaro seguiu o roteiro de suas entrevistas ou sabatinas, e não fala sobre propostas para saúde, educação e muito menos sobre economia – que ele diz não entender – e apenas abordou nas redes sociais assuntos como corrupção (7,6%) e intervenção militar (3%). Ainda assim, Bolsonaro foi mencionado em 34,8% das postagens e teve 39% de menções positivas.
No entanto, assim como nas pesquisas em que lidera as intenções de voto, o ex-presidente Lula foi citado por 31,7% dos usuários e é o pré-candidato que conta com mais menções favoráveis (45%). Segundo o levantamento, Lula dividiu seus comentários entre sua pré-campanha (37,3%) e a Lava-Jato (35,1%), do qual é alvo da perseguição. Esses números demonstram a força do ex-presidente que mesmo preso desde o dia 7 de abril, ou seja, antes do período da pesquisa, apresenta números positivos.
A pré-candidata pelo PCdoB, Manuela D’Ávila, aparece com 44% de avaliação positiva nas redes sociais, sendo percentual superior ao de pré-candidatos como Bolsonaro, Ciro, Alckmin, Marina e Meirelles. Apesar da menção ao seu nome ser de 5,6%, a deputada estadual gaúcha também está entre pré-candidatos ao Planalto que menos fala de sua própria pré-campanha (18,4%), abordando outros temas de interesse como Lava Jato (4%), machismo (6%) e governo Temer (7%).
O ex-ministro Ciro Gomes aparece como o terceiro mais comentado (13,5%), com 28% de menções favoráveis. Ele também concentrou a maior parte dos seus comentários na sua pré-campanha (60,5%), mas apresentou uma pauta diversificada nas redes sociais, como o governo Temer, desemprego, corrupção, machismo e racismo.
O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o empresário Flávio Rocha (PRB) foram os menos citados nas redes sociais no que se refere à própria pré-candidatura.
Já Henrique Meirelles (MDB) é o pré-candidato que mais fala de sua própria pré-campanha (79,3%), mas não fala nada sobre outros assuntos, apenas sobre o governo Temer, do qual era ministro da Fazenda. Ele também é o que tem menos menção nas redes, com 0,4%, ao lado do empresário João Amoêdo (Novo), com o mesmo percentual de citação.
Interesse pela política
Nesta quinta (5), a consultoria deve divulgar um levantamento sobre a expectativa dos brasileiros em relação aos temas de maior interesse da sociedade. Segundo o instituto, quanto mais próximo de 100%, maior a aprovação dos temas escolhidos pela sociedade.
Apesar da campanha de criminalização da política, o tema ainda domina a maior parte das manifestações (55%) nas redes sociais, seguida por questões de bem-estar (27%) e economia (18%). A política conta com uma média de 40% de menções favoráveis ao longo deste período.
Segundo a consultoria, o interesse sobre o tema foi puxado pelo apoio à Lava-Jato, que depois de atingir um pico de 81% no início de 2017, despencou para 47% e vem caindo ao longo do período. Certamente, a queda se deve a percepção dos reais interesses da Lava Jato que se demonstram com a condenação e prisão sem provas do ex-presidente Lula.