Publicado 30/06/2018 15:44
A festa podia ter sido latino-americana em Kazã – mas foi só latina!
A inversão do resultado final de 2014 vai se configurando com os vencedores – a campeã Alemanha e a vice Argentina – postos fora da Copa da Rússia.
É uma pena, mesmo que aquilo que se chamou de futebol-arte de nossos gramados pareça se espalhar pelos campos europeus, que assistem, faz tempo, a mesma mistura de cores de pele que se vê por aqui. E que resultou, por razões várias. Muitas vezes derivadas do racismo renitente que, no passado, punia contatos físicos entre jogadores de pele negra e aqueles de pele clara.
Essa é uma das raízes históricas do hábito de chamar o adversário para dançar. E tirar-lhe a bola com arte e malícia, no gingado do corpo, pernas e pés que faz a festa do futebol. E, faz tempo, parece ganhar o mundo, e aos poucos o futebol arte vai ganhando espaço, contra o futebol força de sempre do futebol europeu. Ganham os jogadores, o futebol, a torcida – e a festa é de todos, mesmo os que voltam para casa, como aconteceu hoje com nossos adversários-amigos-viznhos do sul do Rio da Prata.