Publicado 22/06/2018 12:57
Merval Pereira, misto de jornalista e porta voz dos Marinho, escreveu no jornal O Globo e afirmou na rádio CBN e Globo News, todos veículos da família, que "Geraldo Alckmin entra na campanha presidencial extremamente fragilizado, numa situação muito difícil com a prisão do secretário de transportes de seu governo", lembrou que "todas as acusações de desvio de verba na construção do Rodoanel de São Paulo são da administração dele" e, finalmente, decretou: "Trocar o candidato deveria ser uma iniciativa do próprio Alckmin, porque ele é o presidente do partido, mas dificilmente o fará". A questão agora parece ser a cabeça dura de Alckmin.
De fato, a pré-candidatura Alckmin está em crise que parece terminal. O ex-governador, que não sai dos 5% de intenção de voto rodada após rodada das pesquisas, não consegue organizar sua campanha, que caminha em clima de conturbação e brigas. O ex-braço direito de Geraldo Alckmin, Laurence Casagrande Lourenço, principal alvo da Operação "Pedra no Caminho", acusado de liderar esquema de desvio de R$ 600 milhões nas obras do Rodoanel quando era secretário dos Transportes, foi lançado ao mar pelo governo paulista e demitido da presidência da Cesp, onde vinha dando expediente.
Nos bastidores, o patrono dos tucanos, Fernando Henrique Cardoso, investe contra a pré-candidatura e articula nomes alternativos, de Luciano Huck a Marina a Doria. Agora, o que faltava: o porta-voz da família Marinho, sai a público para pedir a renúncia de Alckmin. Leia o que Merval Pereira escreveu em O Globo um verdadeiro editorial, que repetiu na CBN e Globo News. Leia a íntegra do comentário/editorial:
"O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin entra na campanha presidencial extremamente fragilizado, numa situação muito difícil com a prisão do secretário de transportes de seu governo. Todas as acusações de desvios de verba na construção do Rodoanel de São Paulo são da administração dele. Mesmo que não haja tempo suficiente para concluir as investigações, ele entra na campanha muito debilitado, porque vai ter dificuldade para explicar todos os casos ligados ao governo. E pode voltar a ideia de colocar Doria como candidato à presidência pelo PSDB. Trocar o candidato deveria ser uma iniciativa do próprio Alckmin, porque ele é o presidente do partido, mas dificilmente o fará."