Huck organiza jantar, mas Marina não empolga e frustra convidados

O jantar foi realizada nesta quarta-feira (20) com a presença de integrantes que saíram do encontro frustrados e desanimados com a estratégia de romper o isolamento político da pré-candidata.

Na semana passada, o senador Randolfe Rodrigues (AP) afirmou que a Rede estaria buscando uma aliança com Roberto Freire, do PPS, para ser vice na chapa de Marina. Mas o próprio presidente do PPS negou que tenha sido procurado pela legenda e emendou sinalizando que as portas estavam fechadas para Marina, já que o PPS defende o apoio ao tucano Geraldo Alckmin.

No jantar, Marina elogiou Freire, lembrou que eles estiveram juntos na disputa presidencial de 2014, quando a legenda apoiou a candidatura de Eduardo Campos e Marina. Segundo ela, esse apoio tornaria uma aliança entre as siglas algo “natural”. Mas essa lógica não se estabeleceu nem com o PSB, que também fechou as portas para Marina.

Segundo matéria publicada pelo Estadão, após o encontro Luciano Huck teria telefonado para Freire para estimular o dirigente a procurar a ex-ministra. Mas tudo indica que o PPS vai manter o seu alinhamento com o PSDB por determinação aprovada no último seu congresso nacional, realizado em março deste ano.

A relação de Huck com a Rede e PPS é porque ambas as legenda abriram as portas do movimento para uma aliança nas eleições de outubro com a indicação de candidatos financiados pelo grupo.

Com a direita ainda batendo cabeça para emplacar um candidato, o movimento Agora! tenta se posicionar como centro e ser o polo aglutinador do campo conservador. O grupo convoca um ato para o dia 28, em São Paulo, chamado “polo democrático e reformista”, que pretende reunir candidatos de diversos partidos com uma proposta de viabilizar pré-candidaturas e unificar as chapas ainda no primeiro turno. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso confirmou presença.