49 crianças brasileiras foram separadas dos pais nos EUA

O abrigo de Chicago, segundo informações da Folha de São Paulo, concentra 21 crianças brasileiras. Os outros têm entre duas e oito crianças. 

A lista foi atualizada na semana passada pelo Departamento de Saúde norte-americano, que administra as instituições para menores; o relatório não inclui os nomes dos menores, idades e nem a cidade ou estado do abrigo. 

As crianças já identificadas têm entre 5 e 17 anos e estão espalhadas pelos EUA, em estados tão diversos quanto Arizona, Califórnia e Nova York. Os pais estão em prisões federais próximas à fronteira, ou seja, cerca de 3 mil e quinhentos quilômetros de distancia dos abrigos. Na maioria dos casos, ainda segundo a Folha, os pais não sabiam do paradeiro das crianças até que o consulado brasileiro fizesse contato. 

Crianças tem sido separadas dos seus pais imigrantes pelos agentes estadunidenses na fronteira do país, devido a política de "tolerância zero" à imigração ilegal de Donald Trump. Segundo essa política, pessoas que tentam cruzar a fronteira sem documentos e permissão são consideradas criminosas e presas, enquanto seus filhos são mandados para abrigos. 

Essas ações tem causado grande choque no mundo todo, especialmente após a divulgação de imagens de crianças dentro de ambientes que mais parecem gaiolas e áudios de menores chorando ao serem separados dos pais, o que trouxe inúmeras críticas ao governo dos Estados Unidos. Sob pressão, Trump recuou e assinou um decreto na quarta (20), determinando, basicamente, que as famílias sejam detidas juntas; não haverá a separação de seus membros, mas todos continuarão sendo presos.