Manuela reafirma defesa da unidade da esquerda: “PCdoB não é óbice”
A deputada estadual Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), pré-candidata à Presidência da República, esteve em São Paulo onde cumpriu uma agenda de encontros e entrevistas. A pré-candidata reforçou a importância da unidade das forças progressistas no processo eleitoral de outubro e enfatizou que o PCdoB não é um obstáculo à união das esquerdas.
Publicado 04/06/2018 16:55
"Nós já fizemos o gesto. Se eu não for candidata, os outros três se entendem para nós estarmos unidos? A unidade da esquerda representa isto: nós estaremos todos unidos em uma única candidatura? Os outros três têm essa disposição? Eu não sou óbice", indagou Manuela, em entrevista ao Estadão.
O líder do PCdoB na Câmara, deputado Orlando Silva (SP), também manifestou que o partido busca a unidade entre os partidos de esquerda em torno de um único nome, como forma de fortalecer o campo progressista para chegar ao segundo turno das eleições presidenciais.
Manuela também participou do Fórum Internacional Tributário promovido por entidades de agentes da Receita Federal e de auditores fiscais estaduais. Questionada por jornalista, a pré-candidata disse que tem mantido conversas com outros presidenciáveis de esquerda e que pretende manter esse diálogo na busca de uma unidade.
"Os problemas do país são infinitamente maiores do que as nossas diferenças", frisou.
Sobre Michel Temer, Manuela afirmou que o governo não tem legitimidade e que a bandeira do "Fora, Temer" se tornou uma unanimidade do país, que também vai refletir nas candidaturas que representem a continuidade do governo.
"Embora ele tenha virado pó e seja um governo morto, o seu fantasma ronda um conjunto de outras candidaturas", enfatizou Manuela, que defendeu uma reforma tributária de caráter progressivo, com impostos sobre a renda dos mais riscos e a tributação de lucros e dividendos.