Publicado 01/06/2018 11:56
A Petrobras anunciou a demissão do presidente Pedro Parente na manhã desta sexta-feira (01).
Parente foi o protagonista da nova política de preços adotada pela estatal adotada em 2016. Isso permitiu que a empresa praticasse reajustes diários, já que o preço do petróleo e de seus derivados acompanhavam as oscilações internacionais.
De acordo com levantamento realizado pelo Dieese, a Petrobras reajustou o preço da gasolina e do diesel nas refinarias por 16 vezes em apenas 1 mês. O preço da gasolina saiu de R$ 1,74 e chegou a R$ 2,09, alta de 20%. Já o do diesel foi de R$ 2,00 a R$ 2,37, aumento de 18%. Para o consumidor final, os preços médios nas bombas de combustíveis subiram de R$ 3,40 para R$ 5,00, no caso do litro de gasolina (crescimento de 47%), e de R$ 2,89 para R$ 4,00, para o litro do óleo diesel (alta de 38,4%).
Conhecido como um presidente que atendia os interesses do mercado, Parente desestabilizou a estatal com essa política de preços, causando o início da greve dos caminhoneiros e dos petroleiros que reivindicavam a redução do preço dos combustíveis e a saída de parente do cargo, além da não privatização da Petrobras.
Pedro Parente tomou posse como presidente da Petrobas no dia 1º de junho de 2016. Nesta sexta, ele completaria exatamente dois anos à frente da estatal.
Confira abaixo o comunicado da estatal:
“A Petrobras informa que o senhor Pedro Parente pediu demissão do cargo de presidente da empresa na manhã de hoje. A nomeação de um CEO interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras ao longo do dia de hoje. A composição dos demais membros da diretoria executiva da companhia não sofrerá qualquer alteração. Fatos considerados relevantes serão prontamente comunicados ao mercado”.