China ainda defende diálogo entre Coreia Popular e EUA
Após Donald Trump cancelar a reunião entre Estados Unidos e Coreia Popular, a China se manifestou pedindo "boa vontade" e lembrando que essa seria uma "oportunidade histórica rara"
Publicado 25/05/2018 15:11
A China pediu nesta sexta-feira (25) aos Estados Unidos e à Coreia Popular que demonstrem "boa vontade" e "paciência", um dia depois do cancelamento da reunião prevista entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, segundo a France Presse.
O cancelamento do encontro foi feito por Trump, em uma carta na qual ostentou, mais uma vez, a capacidade nuclear dos Estados Unidos. Sua justificativa foi o tom "hostil" usado pela Coreia Popular na ultima semana para se referir a fala do vice-presidente norte-americano Mike Pence, que disse que o país oriental poderia acabar como a Líbia se não fizesse a desnuclearização unilateral exigida pelos EUA.
A China é aliada da Coreia Popular e também defende a desnuclearização da península coreana; o presidente Xi Jinping recebeu Kim Jong Un duas vezes nos últimos meses. Na quarta-feira (23), Pyongyang desmontou completamente sua instalação de testes nucleares “para garantir a transparência da descontinuidade dos testes nucleares”, relatou a KCNA, agência norte-coreana.
"A recente distensão na península coreana foi difícil de alcançar, o processo de solução política tem uma oportunidade histórica rara", afirmou em uma entrevista coletiva o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Lu Kang.
"Nas circunstâncias atuais, esperamos que Coreia do Norte e Estados Unidos preservem os recentes progressos alcançados, apresentem mostras de paciência e boa vontade, avancem na mesma direção e permaneçam comprometidos na desnuclearização da península", declarou Lu.