Senadora critica “balanço positivo” da gestão Temer
No último dia 12, o governo ilegítimo de Michel Temer completou dois anos. À época, o emedebista havia assumido a Presidência da República interinamente, enquanto o Parlamento analisava o processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Certo de que não sairia do cargo, já começou mudanças nos rumos do governo, dando início à sua “Ponte para o Futuro”.
Publicado 15/05/2018 14:17
Passados dois anos do golpe contra Dilma, Temer é desaprovado por 82,5% dos brasileiros e coleciona uma lista de retrocessos, que, para ele, compõem uma “agenda positiva para o Brasil”. Em artigo publicado na Folha de S.Paulo, nesta terça-feira (15), Temer elenca dados e números que mostram um Brasil que não parece real. Em sua autoavaliação, o presidente diz que “recuperou o Brasil”.
“Em 24 meses, recuperamos a Petrobras, o Banco do Brasil, os Correios, a Caixa Econômica Federal; elevamos o PIB a patamar positivo, melhoramos a gestão pública, ajudamos estados e municípios; reformamos leis e instituições”, descreve o artigo.
Na avaliação da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), a avaliação de Temer é enganosa e só beneficiou banqueiros. “Para o povo são dois anos de muita desgraça. Não há nada de positivo no teto de gastos, que congelou por 20 anos os investimentos em saúde, educação, infraestrutura, segurança; não há nada de positivo na Reforma Trabalhista; ele fala em redução dos juros, mas nós temos a maior taxa de lucro para os bancos. Esse balanço de Temer não é real, é fantasioso”, alertou.
A senadora lembrou ainda que a agenda atual do emedebista conta a tentativa de entregar o país, com a privatização da Eletrobras e suas distribuidoras, além do desmonte da Petrobras. “Hoje fica claro que o golpe que eles deram foi contra o povo”, disse.
Regabofe desastrado
O anúncio das benesses governistas será feito oficialmente na tarde desta terça, numa cerimônia no Palácio do Planalto. Numa gafe costumeira do governo de Temer, o slogan da comemoração deu margem a piadas nas redes sociais. “Brasil voltou, 20 anos em 2” foi o mote escolhido pelo publicitário Elsinho Mouco, que virou alvo de críticas dos oposicionistas, que aproveitaram a “deixa” para apontar os retrocessos do governo de Temer.
Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o “slogan só precisava de um pequeno ajuste para ficar perfeito”.