Parte do desmonte, Eletrobras lança plano para fechar 3 mil vagas
Como parte do desmonte organizado pelo governo Michel Temer para garantir a privatização da Eletrobras, a companhia lançou nesta segunda (26) um plano de demissão voluntária, com o objetivo de fechar três mil postos de trabalho. Segundo a direção da empresa, o objetivo é economizar R$ 890 milhões por ano.
Publicado 27/03/2018 15:34
"A possibilidade de desligamento se dá pela crescente automação adotada nas empresas Eletrobras", disse a estatal. Em dois planos de demissão consensual anteriores, a Eletrobras já tinha eliminado 2,1 mil postos de trabalho, reduzindo em 40% seus cargos de gerência.
Segundo o presidente da estatal, Wilson Ferreira Júnior, com a privatização das distribuidoras e dos programas de aposentadoria e demissões, o número de funcionários da companhia vai cair de 24 mil para 13 mil pessoas.
"A redução no quadro de pessoal busca um alinhamento dos custos da Eletrobras às tarifas, evitando prejuízos operacionais no futuro", afirmou a estatal. Na prática, o resultado dessas demissões é o aumento da precarização e sobrecarga do trabalho para os funcionários que permanecem na empresa. Como consequência, há a piora no atendimento e no serviço prestado, que costuma servir de argumento para reforçar o projeto privatizante.
A adesão dos empregados ao novo programa se dará até o dia 27 de abril e os desligamentos ocorrem em oito turmas de 30 de maio até 14 de dezembro de 2018. São elegíveis ao PDC empregados que tenham, no mínimo, 10 anos de vínculo empregatício com a empresa, no momento do desligamento, considerando o limite de 14/12/2018; ou anistiados e reintegrados à empresa por meio da Comissão Especial Interministerial de Anistia – Lei nº 8.878/1994.