Professores são violentamente agredidos na Câmara Municipal de SP

A repressão aconteceu no início da tarde desta quarta-feira (14) durante uma sessão que discutia o futuro dos servidores municipais de São Paulo, com pauta sobre o Projeto de Lei (PL) 621/2016, de João Doria, que dificulta o acesso à aposentadoria. Após a pressão dos educadores, houve o adiamento da votação no plenário, que está prevista para acontecer nesta quinta-feira (15), às 15h.

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O PL irá afetar mais de 200 mil servidores públicos da cidade. As imagens e vídeo da agressão da PM são chocantes. Servidores chegaram a ser socorridos porque estavam feridos.
Os servidores públicos estão em greve desde o dia 8 deste mês, cerca de 93% dos profissionais da categoria estão paralisados contra o Projeto de Lei (PL) 621/2016, do prefeito da capital paulista João Doria, que aumenta o valor de contribuição de 11% para 14%, podendo chegar até 19%, do salário dos servidores ativos e aposentados. Essa porcentagem equivale a 35 dias do salário do ano dos professores.

Não houve qualquer discussão sobre a mudança na contribuição e, apesar da greve ter começado dia 8, foi na manhã desta quarta que centenas de funcionários públicos ocuparam a Câmara dos Vereadores da cidade de São Paulo, onde tramita o projeto.

No início da tarde, os funcionários públicos foram covardemente agredidos pela polícia do governador Alckmin por lutarem pelo direito de se aposentarem.
 

De acordo com informações da Rede Brasil Atual, as cenas de violência começaram ainda dentro da CCJ, no Auditório Freitas Nobre. Muitos servidores que conseguiram entrar no local gritavam em coro pedindo a retirada do projeto da pauta. Diferentes vereadores pediram para retirar a matéria de votação, ou mesmo suspender, já que o substitutivo, de 80 páginas, foi entregue nesta manhã pelo relator Caio Miranda (PSB), que deu parecer favorável à matéria.

“Como os pedidos de adiamento ou suspensão foram vencidos, o presidente da Comissão, Aurélio Nomura (PSDB), ordenou que o relator lesse as 80 páginas da matéria. Os presentes intensificaram as manifestações e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) passou ao ataque. No início do tumulto, pelo menos uma funcionária pública, professora, foi atingida com violência”, informa a Rede Brasil Atual.

Os vereadores decidiram transferir a sessão para o Plenário 1º de Maio, onde o vereador João Jorge (PSDB) tentou ler o relatório de Miranda de forma acelerada, impedindo mesmo a compreensão dos presentes. Foi neste momento que a Tropa de Choque da Polícia Militar chegou e, do lado de fora, disparou uma bateria de bombas de gás lacrimogênio.

Após a dura repressão, os servidores buscaram abrigo em ruas próximas ou se reagruparam na mesma avenida, um pouco distante da área do conflito. “Não tem arrego”, gritavam em coro a todo momento.

Nas imagens abaixo é possível ver sangue, já que muitos deles foram feridos e também confusão durante a repressão.

Veja vídeos e fotos: