Professores são violentamente agredidos na Câmara Municipal de SP
A repressão aconteceu no início da tarde desta quarta-feira (14) durante uma sessão que discutia o futuro dos servidores municipais de São Paulo, com pauta sobre o Projeto de Lei (PL) 621/2016, de João Doria, que dificulta o acesso à aposentadoria. Após a pressão dos educadores, houve o adiamento da votação no plenário, que está prevista para acontecer nesta quinta-feira (15), às 15h.
Publicado 14/03/2018 15:40
Não houve qualquer discussão sobre a mudança na contribuição e, apesar da greve ter começado dia 8, foi na manhã desta quarta que centenas de funcionários públicos ocuparam a Câmara dos Vereadores da cidade de São Paulo, onde tramita o projeto.
No início da tarde, os funcionários públicos foram covardemente agredidos pela polícia do governador Alckmin por lutarem pelo direito de se aposentarem.
“Como os pedidos de adiamento ou suspensão foram vencidos, o presidente da Comissão, Aurélio Nomura (PSDB), ordenou que o relator lesse as 80 páginas da matéria. Os presentes intensificaram as manifestações e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) passou ao ataque. No início do tumulto, pelo menos uma funcionária pública, professora, foi atingida com violência”, informa a Rede Brasil Atual.
Os vereadores decidiram transferir a sessão para o Plenário 1º de Maio, onde o vereador João Jorge (PSDB) tentou ler o relatório de Miranda de forma acelerada, impedindo mesmo a compreensão dos presentes. Foi neste momento que a Tropa de Choque da Polícia Militar chegou e, do lado de fora, disparou uma bateria de bombas de gás lacrimogênio.
Após a dura repressão, os servidores buscaram abrigo em ruas próximas ou se reagruparam na mesma avenida, um pouco distante da área do conflito. “Não tem arrego”, gritavam em coro a todo momento.
Nas imagens abaixo é possível ver sangue, já que muitos deles foram feridos e também confusão durante a repressão.
Veja vídeos e fotos: