Ciro Gomes e Rodrigo Maia oficializam pré-candidaturas
Dois pré-candidatos à Presidência da República oficializaram a disposição de disputar a vaga ao Planalto nesta quinta-feira (8). Batendo forte no governo de Michel Temer, o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes lançou sua pré-candidatura pelo PDT, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez o mesmo pela sua legenda. Com isso, já são 11 os postulantes ao Palácio oficialmente.
Publicado 09/03/2018 11:51
Ciro foi aprovada por unanimidade pela executiva nacional do PDT como pré-candidato. No discurso, não poupou críticas ao governo Temer, que classifica como “golpista” e “conspirador”.
Ao falar sobre a intervenção federal decretada por Temer na segurança pública do Rio de Janeiro, Ciro classificou como medida "politiqueira".
“Foi intervenção politiqueira, mal intencionada, mal planejada. E sabemos que não tem orçamento”, afirmou Ciro, enfatizando que "as coisas precisam mudar".
"Há muita desorientação na discussão brasileira, muita propaganda, muita conversa, muita enganação. O Brasil em janeiro deste ano, pela primeira vez na sua história, empurrou para a informalidade, para o biscate, para a humilhação de correr do rapa, das ruas das cidades por aí afora a maioria do povo trabalhador. Pela primeira vez a quantidade de gente na informalidade e no biscate, se virando para levar algum honestamente para casa, é maior já do que a quantidade de trabalhadores formais”, frisou.
Enquanto Ciro fazia duras críticas à gestão peemedebista, Rodrigo Maia discursava tentando demonstrar distância do governo Temer e se autodefinindo como a "alternativa".
Aliado histórico do PSDB, o DEM – que integra a base aliada de Temer – tenta viabilizar o nome de Maia como uma candidatura de "centro".
“A nossa ideia é produzir a construção de um projeto para o futuro que olhe a mudança que a política precisa fazer, que a sociedade espera, a redução de gastos desnecessários, o enfrentamento claro da burocracia brasileira”, disse ele, afirmando que quer "construir com o povo brasileiro um pacto para rompermos com o que há de velho e atrasado na política brasileira".
Maia diz que o DEM não tem “nenhuma necessidade de ser governo” e que poderá defender pontos do governo Temer, mas apenas aqueles com os quais concorde. “O governo quer um candidato para defender o legado. (…) Para defender o legado, eu não estou disposto”, disse.