Alckmin diz que segurança em SP é 'case', mas até bancada da bala critica
Com a intervenção militar na Segurança Pública do Rio de Janeiro, o governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, elegeu o tema como o foco de sua campanha para disputar a vaga ao Planalto. O tucano tem usado as redes sociais para exaltar os supostos "resultados" de sua gestão na área de segurança pública.
Publicado 06/03/2018 12:52
Alckmin diz aos quatro ventos que São Paulo é um “case”, porque o Brasil inteiro tem os indicadores piorando, enquanto “São Paulo diminuiu a criminalidade e protege a população”.
O governo estadual até acelerou a veiculação de uma propaganda institucional para, segundo o governador, “tranquilizar” a população do Estado sobre a realidade “diferente do Rio”.
Alckmin pretende convencer o eleitor de que é o presidenciável mais experiente na área de segurança – e que possui dados relevantes a mostrar. Mas não é bem isso que pensa e vive a população de São Paulo, nem mesmo os seus aliados.
Sem conceder aumento a policiais há quase quatro anos, o tucano recebe críticas das duas corporações – a Civil e a Militar – e de deputados da base, inclusive da "bancada da bala" na Assembleia Legislativa. O salário inicial de um PM de São Paulo é inferior a R$ 3 mil, um dos mais baixos do país.
"A condução da segurança pública pelos governos do PSDB é desastrosa. O governador não sabe valorizar os policiais, aliás, todo o funcionalismo. É por isso que estou saindo do partido, não vou mais insistir", afirmou Coronel Telhada , que deve trocar o PSDB pelo PP.
Alckmin tentou minimizar a crise e enviou um projeto de lei que propõe reajuste de 4%. Mas a reação ao projeto foi maior.
Tucanos como o ex-presidente da Assembleia Fernando Capez também negociam a saída do PSDB.
O Delegado Olim (PP) classificou como "ridículo" o valor do salário pago ao policial de São Paulo. "A sorte do governador é que a polícia paulista é muito boa, trabalha direito, não faz greve. Mas daí a dizer que está tudo uma maravilha é forçar a barra", disse.
O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp, por sua vez, iniciou uma campanha com outdoors espalhados por cinco rodovias que dão acesso à capital questionando as políticas do tucano. O foco das críticas também é o valor dos salários pagos à categoria no Estado.