Impasse no Ministério do Trabalho é desprestígio, diz Murilo Celso
O Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp) promoveu, em abril de 2014, encontro com diversos ex-ministros do Trabalho. A inciativa visava valorizar a Pasta do trabalho, a fim de mostrar sua importância para a classe trabalhadora, o Estado e ao País. Participaram Almino Afonso, Almir Pazzianoto, Rogério Magri, Walter Barelli e Dorothea Werneck.
Publicado 23/01/2018 15:55
Murilo Celso Pinheiro, presidente do Sindicato, falou com a Agência Sindical sobre o ministério. Ele destacou a importância da Pasta, “que é uma referência para os trabalhadores e pode ser um agente efetivo na melhoria das relações capital-trabalho”. “Portanto, tem um papel relevante para o próprio País”, afirma.
“O Ministério do Trabalho não pode ser uma Pasta de segundo escalão. Ele precisa ser pujante, atuante, discutir políticas, ser ativo nos assuntos de governo e nas questões de interesse nacional”, defende.
O dirigente avalia que o impasse atual gera um problema à classe trabalhadora, pois fortalece o esvaziamento da Pasta que já vem de algum tempo. “É um desprestígio para a classe trabalhadora. O ministério ficou ausente dos debates acerca das reformas. Essa ausência acaba estimulando que se deixem de lado as próprias entidades de trabalhadores”, diz.
Novo ministro
Murilo Pinheiro cobra a escolha de “um nome de peso, um ministro qualificado, que tenha mais autonomia de ação, que dialogue com os trabalhadores e também com os empregadores”. “A discussão que fizemos em 2014 precisa ser retomada, buscando o protagonismo do ministério. As entidades não aceitam – e devem mostrar isso – um ministério enfraquecido, que não cumpra a contento o seu papel”, enfatiza.
Fortalecer a Pasta
O dirigente lembra ainda que o sindicalismo deve exigir do governo que abra concurso, preencha as vagas e valorize mais o próprio quadro atual, para que os servidores se sintam prestigiados e com respaldo pra fazer seu trabalho e também as fiscalizações.