Ceará tem maior probabilidade de chuvas acima da média em 2018
Após o período de seis anos consecutivos de seca, o Estado apresentou cenário favorável para chuvas acima da média histórica. A avaliação climática aponta que, no Ceará, há 40% de probabilidade para chuvas superiores à média histórica, 35% em torno da normalidade e 25% de chances do período se encerrar abaixo do normal.
Publicado 23/01/2018 15:14 | Editado 04/03/2020 16:23
O prognóstico para a quadra chuvosa de 2018 foi divulgado pelo Governo do Ceará, por meio da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), em cerimônia no Palácio da Abolição, em Fortaleza, na última segunda-feira (22).
A divulgação dos dados foi presidida pelo governador Camilo Santana e contou com a participação do presidente da Funceme, Eduardo Sávio, do secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, dentre outros representantes de órgãos voltados aos trabalhos de Segurança Hídrica no Ceará – Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra) e Defesa Civil.
No mês de fevereiro, será divulgado um prognóstico climático atualizado para o Ceará, abrangendo o trimestre março, abril e maio.
Trabalho por soluções
O governador Camilo Santana avaliou com otimismo os dados apresentados pela Funceme, mas destacou que o Governo do Ceará continuará seguindo à risca e com celeridade todos os planos em busca de diversificar as fontes hídricas para garantir que não falte água para a população. O chefe do Executivo lembrou de ações, como o Plano de Segurança Hídrica para Fortaleza e Região Metropolitana, que têm gerado economia de 292 milhões de m³ de água anualmente. O número, destacou, supera em muito a média projetada na adoção do racionamento – economia de 21 milhões de m³.
“Mesmo com toda essa perspectiva de um cenário melhor de prognóstico de chuvas e com a conclusão de obras estruturantes neste ano, vamos continuar mais firmes ainda trabalhando com as nossas ações. Já foram mais de 400 km de adutoras construídas ao longo desses três anos, levando água de uma cidade para outra para garantir esse abastecimento. Vamos continuar com as nossas ações de perfuração de poços, com poços direcionais no Cumbuco, ações na Taíba, São Gonçalo, em todo o Ceará, para assegurar o abastecimento de água e a Segurança Hídrica no nosso Estado”, afirmou.
O governador lembrou a importância do conjunto de ações que envolveram as ações de autorização de uso da água do Maraguapinho, o reuso da água da ETA Gavião, a perfuração de poços no Pecém e em Fortaleza, a taxa de contigenciamento (que garantiu a redução de consumo de 18% em Fortaleza e Região Metropolitana), dentre outras. “Fizemos um corte de água de consumo na irrigação, 75% da água que é consumida no Ceará vai para a irrigação. Cortamos 70% dessa água. Fizemos também um corte de 20% na água de consumo da Indústria. Todas essas ações que o Estado fez nos garantiu uma economia de quase 300 milhões de m³ de água por ano”, complementou.
O prognóstico
O presidente da Funceme, Eduardo Sávio, explicou que a situação para janeiro e o trimestre fevereiro, março e abril é mais favorável do que a população cearense viveu no mesmo período de previsão em 2017. Contudo, ele pontuou que haverá tendência similar de irregularidades dependendo da região do Estado.
“Teremos aquela mesma tendência de mais normalidade ou até mesmo abaixo da média para o Sul do Estado, mas para o Centro Norte uma tendência favorável acima da média. O Estado como um todo ficaria acima da média como tendência mais provável. Os sistemas que nós estamos fazendo a previsão começam a atuar em meados de fevereiro até o final da quadra em maio”, disse o dirigente da fundação.
A avaliação climática sobre o semiárido é feito sobre probabilidades referentes a uma tendência média do volume acumulado de chuva para o trimestre. A variabilidade no prognóstico anda juntamente à distribuição de chuvas no setor norte do Nordeste do Brasil, devido a fatores como efeitos topográficos, proximidade em relação ao oceano e cobertura vegetal. Em função das variações, a Funceme recomenda o acompanhamento das previsões diárias de tempo, análises e tendências climáticas semanais divulgadas pelo órgão vinculado à SRH.
Titular da Secretaria dos Recursos Hídrícos, Francisco Teixeira enfatizou que, apesar do prognóstico otimista, é necessário que o Governo do Ceará prossiga com rigor no acompanhamento e trabalhos de contingência, pois os reservatórios ainda seguem em situação emergencial no Estado.
“Precisamos monitorar. A atenção continua sendo a mesma às ações de contigência, sejam de gestão ou estruturais. Com o acompanhamento das chuvas e monitoramento dos reservatórios, vamos continuar no trabalho de controle e na busca de garantir a oferta de água para a população”, disse.
O presidente da Funceme, Eduardo Sávio, explicou que a situação para janeiro e o trimestre fevereiro, março e abril é mais favorável do que a população cearense viveu no mesmo período de previsão em 2017. Contudo, ele pontuou que haverá tendência similar de irregularidades dependendo da região do Estado.