As próximas eleições presidenciais na Venezuela
A celebração das eleições municipais na Venezuela para eleger os 335 prefeitos parece confirmar que o voto com vistas a escolher o presidente do país em 2018 é quase uma realidade, estimam comentaristas políticos internacionais
Publicado 06/12/2017 17:31
Propõe-se dessa forma, pois ainda não se determinou pelas autoridades encarregadas se as eleições gerais previstas para final de 2018 terá mudança de data para sua execução.
Fontes consultadas pela Prensa Latina estimam que a situação é favorável para o governo diante às urnas, inclusive no próximo abril, dado a quebra existente dentro dos setores opositores, onde várias figuras, entre elas Henry Ramos Allup, e o ex governador Henry Falcón, são potenciais presidenciáveis.
Não obstante de antecipar-se a volta às urnas, o governo chavista encurtaria o mandato do presidente Nicolás Maduro, e ainda que se descarta uma vitória opositora contra os representantes do Grande Pólo Patriótico, encabeçado pelo Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), sempre se corre o risco.
Por outro lado, é possível o progresso para validar nas urnas a continuação do chavismo no poder e não esperar à data prevista perante uma previsível continuação do desgaste governamental por causa da continuada agressão econômica contra o país.
Finalmente nesta semana formalizou-se o que se já era certo: Nicolás Maduro tentará à reeleição como Presidente da República.
Segundo o analista Eleazar Díaz seguramente não há reservas no PSUV, e se as há, não trascenderán. "Abre-se a possibilidade de adiantar essas eleições, após a fileira de triunfos que chegará até o 10D com as municipais. Adiantá-las, politicamente parece lógico, mas significará que igualmente recortarão o período presidencial".
Por outra parte, há que ver como influi em uma decisão o resultado que se atinja no diálogo em marcha em República Dominicana, onde ambas partes procuram um entendimento.
Teria que ver até que ponto isto é favorável para uma oposição dividida e de que forma os sucessos ou fracassos poderia vir ajudar um Governo que agora enfrenta uma crise econômica interna com bloqueio financeiro e de alimentos e medicamentos desde Estados Unidos e a União Européia.
De todas as possibilidades existentes, o único verdadeiro é que as eleições vão acontecer em 2018, mais dia menos dia, Maduro será o candidato do chavismo e, dificilmente, a oposição presente uma frente unida ainda que todo pode ocorrer em um país onde as mudanças ocorrem com celeridade.