China condena sanções contra empresas que negociam com Coreia Popular
A China condenou, na quarta-feira (22), as novas sanções dos Estados Unidos contra suas empresas que fazem negócios com a Coreia Popular. A estratégia de Washington é colocar pressão sobre Pequim para intensificar sua rejeição a Pyongyang
Publicado 24/11/2017 17:33
O porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Lu Kang, afirmou que a China "aplica estritamente e em sua totalidade" as sanções internacionais adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU. "Nós opomos a qualquer país que adote sanções unilaterais baseadas em suas próprias leis", disse Kang.
Estratégia para minar a Coreia do Norte
O governo dos Estados Unidos acredita que a China, principal aliado econômico da Coreia Popular, poderia fazer muito mais para frear o programa nuclear de Pyongyang. Em sua tentativa de isolar o regime, Washington anunciou na terça-feira (21) novas sanções contra empresas norte-coreanas, mas também chinesas.
Em particular, o Tesouro americano incluiu na lista de sanções quatro empresas chinesas de importação e exportação, assim como o proprietário chinês de uma delas.
Três empresas trabalham com vendas de computadores e minerais, enquanto outra exporta para a Coreia Popular veículos e "artigos associados aos reatores nucleares", segundo o Tesouro americano.
Sem decolar
Na terça-feira (21) a companhia aérea Air China suspendeu os voos para a Coreia Popular. No programa de voos da Air China, até junho de 2018 não figura nenhum com destino à Coreia Popular, informou uma funcionária da empresa à AFP, sem entrar em detalhes.
O governo chinês por sua vez negou motivações políticas para a decisão da companhia aérea, que é controlada pelo Estado. A China alega que as companhias estabelecem seus programas de voo em função de suas atividades e do mercado.