Haroldo Lima: Candidatura de Manuela é para aglutinar
Foi a voz de um velho comunista que anunciou Manuela D'Avila como pré-candidata à presidência da República pelo PCdoB. "Em 2018, estaremos nessa nessa luta com uma mulher que hoje expressa o que tem de novo na política brasileira", disse Haroldo Lima, nesta sexta-feira (17), para as mais de 700 pessoas presentes no 14 Congresso do PCdoB, em Brasília (DF).
Publicado 17/11/2017 21:07
"A candidatura da Manuela é para aglutinar, é para formar uma frente ampla que discuta uma saída para o Brasil, um novo projeto nacional de desenvolvimento onde a representação política reflita os interesses da massa trabalhadora, onde os direitos sejam respeitados, onde a indústria seja reorganizada em nível superior e a agropecuária também", afirmou Haroldo ao justificar a importância da candidatura própria e o nome de Manuela.
O comunista baiano, lembrou dos companheiros de jornadas passadas. "Um ciclo social e progressista foi interrompido por um golpe", disse ao alertar que uma manobra tenta impedir o direito inalienável de Lula ser se candidatar.
"Na batalha final todos os progressistas estarão juntos", ressaltou Haroldo sobre a disputa eleitoral de 2018.
Candidatos comunistas
Essa será terceira vez que os comunistas apresentam candidatura em eleições presidenciais.
Desde 1972 no PCdoB, Haroldo Lima resgatou a importância e consequência da decisão do partido de disputar a presidência em momentos históricos tão adversos no Brasil. Em 1930, a candidatura do carioca, operário e negro Minervino de Oliveira. O Brasil vivia a chamada República Velha e os trabalhadores estavam sob forte ataque e protestos que desencadearam a resolução de 1930.
Quinze anos depois, em 1945 foi a vez do Partido Comunista do Brasil disputar as eleições com Yedo Fiúza, um engenheiro de tradição revolucionária e ex-prefeito de Petrópolis.
Agora, o partido apresenta Manuela, "que representa especialmente as mulheres e a juventude da nossa terra. A parlamentar que é campeã de votos em seu estado.